Ibitinga inaugurou recentemente a feira permanente do bordado. O espaço de 6 mil metros quadrados é destinado aos pequenos empreendedores, que fabricam produtos de cama, mesa e banho, principalmente de forma artesanal. Nos stands não faltam novidades. A capital nacional do bordado começou 2014 com o objetivo de aquecer as vendas que costumam cair nos primeiros meses do ano.
O comércio de rua as lojas chegam a oferecer produtos com mais de 60% de desconto. “Está na base de 50, 70% na mercadoria. O que não falta é promoção. Tem bastante coisa lençol, cortina, cobre-leito”, destaca o balconista Ivail Bernil Fabri.
O padeiro Cristiano Alves saiu de Areiópolis para aproveitar as promoções. Vai voltar com um monte de coisas para casa. “Colcha, lençol, edredom, coisa de banheiro. Tudo isso e gastei R$ 800. Tem bastante loja e a fábrica é aqui. Vou casar também e já sei onde fazer o enxoval”, conta.
Mesmo com os preços mais baixos as lojas se preocupam em não deixar a qualidade dos produtos cair. “A gente trabalha com cortina sob medida, promoções de travesseiros em visco elástico da Nasa, silicone e tem que manter o padrão para atrair o cliente. Sempre para trazer o cliente para não perder o nível, o padrão e o atrativo que são as promoções”, afirma a vendedora Vivian Bueno.
Além do comércio de rua e da tradicional Feira do Bordado, que ocorre todos os anos no mês de julho, a cidade conta agora com o novo espaço de stands que vendem produtos de cama, mesa e banho fabricados, principalmente, de forma artesanal. Ricardo Vilela fabrica na própria casa os produtos expostos no stand. As galinhas de tecido fazem muito sucesso.
“Tudo de forma artesanal não existe mais, no entanto, 95 % do trabalho é artesanal. A gente tem produtos que variam de R$ 10 a R$ 25. Desde novembro estamos partindo das galinhas em tecido para as corujas. São dois produtos que estão vendendo bem no mercado e esse espaço novo veio para somar, mais uma opção para quem vem comprar em Ibitinga”, destaca o empresário.
O local oferece estrutura para os pequenos artesãos. “Feirantes não tinham local coberto para se instalar e agora instalamos e criamos esse local para o pessoal se concentrar em um único local. Tem desde o artesanato manual até o mais moderno, de linho que se modernizou muito, os lojistas fazem artesanato mesmo, diferenciado. Com custo de produção em conta e que eles mesmos revendem. Tem as grandes indústrias que produz em larga escala e ele, que têm custo diferenciado”, ressalta o empresário Gilberto Scarpin Junior.
Gabriela Helena de Almeida Lima fabrica edredons e lençóis, no stand dela muitas pessoas estão interessadas em revender esses produtos em outras cidades. “Atendi pessoal de Mato Grosso do Sul, por exemplo, e outros lugares. O diferencial é o preço, qualidade, as pessoas vendem bastante para fora e lá compra caro, por isso vem aqui compra bastante por causa do preço bom”, ressalta.
O comerciante João Donizeti Pelisari e a esposa saíram de Quatá. Viajaram 300 km para conhecer Ibitinga e pelo número de sacolas que carregaram eles gostaram e vão voltar mais vezes.
“A gente veio porque todo mundo diz que tem preços bons e a gente veio dar uma passeada e conhecer o lugar. E os preços são bem melhores do que onde a gente mora. Está valendo a pena andar esses quase 300 km e aproveitar hoje para fazer umas comprinhas”, completa.
G1