Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Aumentou a área de cana?de-açúcar em Ibitinga, diz IBGE
Comissão Municipal de Estatísticas Agropecuárias (COMEA) realizou última reunião do ano em Ibitinga

  Na segunda-feira (11), aconteceu na sede do Sindicato Rural de Ibitinga (SRI) a última reunião do ano da Comissão Municipal de Estatísticas Agropecuárias de Ibitinga-SP. O objetivo das reuniões, segundo Benedito Silva, chefe da agência do IBGE, é levantar estatísticas das áreas, rendimentos e produção agrícola no município.

  Participaram também a técnica do IBGE, Francyelle Cristina Dias, o técnico agropecuário do SRI, Valdecir Vasconcelos, o Secretário da Agricultura de Ibitinga, Francisco Grillo e o representante da Casa da Agricultura, Antônio Malosso.

  Os dados apurados nesta e nas demais reuniões do ano pelo COMEA só devem ser divulgados no ano que vem, mas segundo Silva, a diminuição da produção de laranja e o aumento da área plantada de cana-de-açúcar são as grandes constatações do ano para na cidade.

  O técnico do SRI destaca a importância do trabalho do COMEA para se conhecer melhor o que é produzido no município. Uma consequência importante da substituição da laranja pela cana, destacada por Vasconcelos, é o êxodo rural. “O mais comum é que o antigo produtor de laranja arrende a propriedade para a cana-de-açúcar, perdendo, dessa forma, seu vínculo com a terra”, afirma. Outra observação, feita pelo técnico, é que a produção de cana vem caindo, ou seja, a área está aumentando, mas devido à falta de chuvas, a produção por hectare caiu entre 10% e 20%.

  Para Frauzo Ruiz Sanches, diretor-presidente do SRI, essa troca de culturas afeta substancialmente a receita do município. Segundo dados do CEPEA e PECEGE, da ESALQ-USP, os custos médios de produção de laranja, por hectare, estão em R$16.562 e o da cana está em R$6.145, ou seja, perde-se por hectare mais de dez mil reais, que seriam investidos em empresas do município. Outro ponto é a forma como as usinas aplicam esse dinheiro, pois, ao contrário dos produtores, que compram no comércio da cidade, as usinas que arrendam as terras compram direto dos fabricantes, fazendo com que o município perca ainda mais receita.

  Na análise dos dados apurados pelo COMEA, outro ponto importante está na diversificação de culturas. Em Tabatinga, segundo Vasconcelos, as tendências com relação à cana-de-açúcar e à laranja são as mesmas de Ibitinga, porém, lá se observa uma incidência maior de estufas. “Em Ibitinga há em torno de 30 estufas, em Tabatinga, são aproximadamente 300, com produção de culturas variadas como pimentão, tomate e pepino”, pontua.

  Os dados completos sobre a produção agrícola do município devem estar disponíveis em janeiro no site www.ibge.gov.br.

 

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