Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Em comemoração ao aniversário de 70 anos, família e amigos plantam mais de 150 árvores
Animados com o sucesso da preservação de uma área de 6,5 alqueires, família se une para recuperar a mata ciliar de córrego e cria o projeto Verde Rio

  No último dia 18, Zilda Santesso completou 70 anos. Para comemorar, ela reuniu no sábado, dia 16, a família, amigos e vizinhos para plantar mais de 150 mudas de árvores na beira do Córrego Fundo, no sítio Santo Antônio, no bairro rural Barra Mariana. As mudas de Cedro, Jacarandá, Ipê, Cabreúva, Jenipapo, Araçá, Quaresmeira, entre outras, espécies que ocorrem no Bioma Mata Atlântica foram adquiridas no Posto de Sementes de Ibitinga. A ideia foi de encontro com o que determina a legislação ambiental e as diretrizes para recomposição de APP (Área de Preservação Permanente).

   “A cobertura vegetal nativa do estado de São Paulo é composta principalmente por elementos da Mata Atlântica, por isso escolhemos essas espécies”, explica Sônia Santesso, irmã da aniversariante. A recompensa para a área vai ser grande e poderá ser notada a partir de três anos após o plantio, explica a bióloga, que trabalha no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

   A propriedade que é agraciada pelo Córrego Fundo, que na verdade está bem rasinho e já assoreado, também tem outra reserva bastante preservada. Uma área de 6,5 alqueires, um pouco mais distante do córrego, que terá suas bordas protegidas e reflorestadas. “Desde quando começamos a reflorestar, começaram a surgir mais pássaros”, comenta Jair Santesso, um dos irmãos de Zilda. Os oito irmãos, amigos parentes e vizinhos da propriedade abraçaram a causa e ajudaram no plantio das árvores.

Projeto de recuperação

   Antes, na preparação da área, uma cerca de 120 metros dividiu o pasto da área a ser recuperada. O projeto recebeu o nome de ‘Verde Rio’, em homenagem a matriarca da família, Teresa ‘Verdério’ Santesso, de 92 anos e que estava presente na festa de aniversário. A área a ser recuperada ainda vai continuar por outros mais 100 metros seguindo o leito do córrego, afirma os idealizadores do projeto. A aniversariante acredita que a iniciativa possa encorajar outros sitiantes para que façam o mesmo. “Eu espero que daqui a dez, vinte anos, esse córrego possa estar bastante volumoso, com muita água, cheio de vida”, disse Zilda. O aniversário em prol da conservação da natureza teve cerimônia com participação e benção do pároco Moacir.

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