Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Pesquisa quer introduzir predador natural para combater greening
Testes poderão ser feitos a partir de parceria entre Fundecitrus e a Bayer. Em SP, 3,7 milhões de pés de laranja foram arrancados no 1º semestre

Pesquisadores do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) pretendem introduzir predadores naturais para fazer o controle biológico do inseto que transmite o greening, considerada a doença mais agressiva da citricultura. As pesquisas, desenvolvidas na região de Araraquara (SP), serão aprofundadas com o acordo firmado este mês entre a instituição e a multinacional alemã Bayer.

A doença, também chamada de amarelão, foi detectada na região em 2004. É causada por bactérias que são transmitidas por um inseto chamado psilídeo. As folhas ficam amareladas, as plantas novas não se desenvolvem e as adultas ficam improdutivas, causando prejuízo ao setor.

A empresa já desenvolve novos produtos e tecnologias para controlar o inseto transmissor da doença. Até 2018, a Bayer deve investir aproximadamente R$ 9,5 milhões na parceria. “As doenças hoje estão ficando internacionais, então temos que dar uma resposta imediata. É preciso atender o produtor alertando não só com a solução, mas com o potencial econômico da solução”, disse o presidente da Fundecitrus Lourival Monaco.

“Vamos fazer uma junção da experiências dos nossos pesquisadores da Alemanha e do Brasil junto com os pesquisadores da Fundecitrus para definir os projetos específicos que a gente vai seguir e definir os prazos e as metas para todos esses projetos”, afirmou o gerente de marketing da Bayer, Jader Caricati.

Com a parceria, o Fundecitrus deve aprofundar pesquisas que já estão em andamento. Entre elas, a que pretende eliminar o psilídeo, quando ele ainda está no estágio pós-ovo.

Prejuízos
Dados da Coordenadoria de Defesa Agropecuária apontam que 3,7 milhões de pés de laranja foram arrancados no primeiro semestre deste ano em São Paulo por causa do greening. A situação é tão grave que em uma fazenda o agricultor chegou a desistir de lutar contra a doença e abandonou a plantação.

A família de João Freitas está há 50 anos na citricultura. Ele já chegou a ter 50 mil pés de laranja e erradicou boa parte da plantação por causa da doença. Hoje mantém 20 mil pés e ele está desanimado com a cultura, mas torce para que a parceria gere bons resultados. “Tudo que é novo vem acrescentar pra gente, mas são coisas experimentais e ainda não temos certeza de nada e o produtor não pode esperar acontecer”, comentou.

G1

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