No último dia 28, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo confirmou a ocorrência da praga Helicoverpa Armigera no Estado. Na região de Araraquara, a praga foi encontrada nas culturas de milho e soja.
Uma expedição técnico-científica promovida pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), percorreu as regionais de Avaré, Assis, São José do Rio Preto e Araraquara fazendo o levantamento georreferenciado e captura de mariposas.
No total, foram coletadas 39 amostras com aproximadamente 470 insetos adultos machos, todas foram encaminhadas ao Instituto Biológico e o resultado confirmou a presença da Helicoverpa armigera em 36 delas, em culturas de soja, milho, algodão, amendoim, cana, hortaliças e citros, além de pasto.
Segundo análise da equipe técnica, as lavouras visitadas não apresentavam perdas significativas decorrentes do ataque da praga, mas houve aumento nos custos de produção em função do combate às novas pragas. Em propriedades que não seguiram as práticas agronômicas recomendadas, foram observados prejuízos maiores, somados aos provocados pela ação da forte estiagem.
Como combater
Para tentar evitar que a praga se alastre, o MAPA sugere o uso de cultivares que reduzem a população da praga. Recomenda-se também efetuar a semeadura das culturas do milho, soja e algodão no menor tempo possível, procurando obter uma janela de semeadura menor. Este curto período é importante para reduzir o período de disponibilidade de alimento para a praga. Outra medida sugerida é o controle biológico, a liberação de insetos parasitoides e predadores, além de fungos, bactérias e vírus que ataquem a praga, diminuindo sua população, além da adoção de manejo integrado de pragas emergencial, que consiste na integração de diferentes tecnologias de controle mediante identificação das pragas mais importantes. O monitoramento, o estudo de fatores climáticos, a avaliação do desenvolvimento das plantas e os danos observados também entram na lista. Em caso de dúvida, o produtor pode procurar o técnico agrícola do Sindicato Rural, Valdecir Vasconcelos, para esclarecimentos.