O preço do Etanol nos postos de combustíveis de Ibitinga são encontrados com preços entre R$ 1,98 e R$ 2,09, uma variação de 5,55%. Com o início da safra de cana-de-açúcar, o preço para o consumidor tende a reduzir com a lei da oferta e procura. A má notícia é a incerteza de que a redução possa realmente acontecer para o consumidor no decorrer deste ano. Entre os motivos; a queda na produção.

  Algumas usinas da região já iniciaram a moagem da cana. A usina Santa Fé, em Nova Europa, por exemplo, começou a moagem no último dia 13, com previsão de uma moagem de 3,5 milhões de toneladas. Segundo o gerente comercial da usina, Doraci Gonçalves, a redução do preço do etanol irá ocorrer para o consumidor, mas sem uma previsão. “Na verdade a usina abaixa o preço, mas essa redução nunca chega aos postos”, comentou.

      Sobre valores, a diretoria regional da Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo), preferiu não se manifestar. A assessoria do presidente da sub sede regional de Araraquara, José Fernando Bicaletto, informou por telefone que não se manifesta sobre projeções de valores. 

Produtores

  Já para o presidente do Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga, Frauzo Ruiz Sanches, os custos de produção não garantem margem para redução de preços. Além da falta de chuvas, uma política de preços comandada pela Petrobrás, agrava o cenário econômico do setor. “Tivemos no início do ano a pior seca da história. Nos dois meses sem chuva, os canaviais não se desenvolveram como deveriam e perdas de 20 a 30% estão sendo relatadas. Além deste fato, a política de controle de preços dos combustíveis pelo governo criou uma situação insustentável. Estamos importando gasolina mais cara do que está sendo vendida. A seca reduziu a produção, e com o controle excessivo do preço dos combustíveis acabou gerando perdas muito elevadas ao setor. No Brasil, temos 86 usinas com sérios problemas financeiros para honrar seus compromissos. Não tem muito espaço para reduções nos preços”, comentou Frauzo.

   Para Acácio Masson Filho, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Bariri (Assobari), o preço do etanol pode oscilar, mas sem previsão para uma redução concreta de preços. “Eu não acredito que o preço do etanol possa reduzir. Não tem preço nem para manter o produtor. Não tem a menor hipótese. Pode ter uma oscilação de preços, o que é normal em uma safra, mas depois o preço volta a ser normalizado”, explicou.  “Vamos ter uma quebra de produção acentuada, e isso acaba influenciando. Hoje temos uma série de fatores que temos que considerar para uma formação de preço. O único jeito de algumas usinas de sobrevier é produzir e vender mais açúcar, que é mais caro”, analisou Acácio.