Com o início do período de colheita da laranja em São Paulo, crescem as preocupações dos citricultores sobre a rentabilidade, já que o governo federal reajustou o preço mínimo da caixa para R$ 11,45, valor que pode não ser suficiente para cobrir os custos de produção.
Para evitar prejuízos, muitos agricultores diminuíram a área de plantação, fazendo a área de produção diminuir 10% nessa safra, ou seja, 20 mil hectares a menos de acordo com a Câmara Setorial de Citricultura. O produtor, Renato Carlini, plantava 45 hectares de laranja no município de Artur Nogueira, mas este ano reduziu a área para apenas cinco hectares. Sua justificativa foi que a baixa remuneração é inferior ao custo de produzir a caixa, apesar do preço na safra anterior ser de R$ 8 pela caixa.
Outro fator que preocupa os fazendeiros são os frutos menores e mais leves, que fazem os produtores precisarem de mais laranjas para encherem uma caixa. Na região de Artur Nogueira as indústrias ainda não começaram a comprar a matéria prima e por isso a caixa de laranja é vendida com preço acima do estabelecido.
Para o consultor GCONCI, Mauricio Mendes, a diminuição do número de hectares cultivados pode ajudar a manter o preço acima do estabelecido pelo governo
? Por enquanto não há nenhum leilão agendado pela Conab. Estes leilões são mecanismos de garantia de preço mínimo para o produtor rural.
Canal Rural