Na região de Ibitinga a safra canavieira ainda não começou, mas tem previsão para uma data próxima. Na maioria das usinas da região de Ibitinga, o início da colheita será em maio. O cenário atual no início da safra parece estar melhorando em relação ao final de março, onde o preço do etanol disparou chegando a ser comercializado nos postos da cidade por até R$ 2,35. Para se ter uma ideia em outubro do ano passado o preço do etanol era comercializado nos postos por R$ 1,30.
Nas últimas duas semanas, o preço baixou e chegou a ser vendido baixo dos R$ 2,00. Por outro lado, devido a grande procura pela gasolina, o preço do derivado do petróleo aumentou. Em alguns postos chegou a ser comercializado a R$ 2,75.
De todas as usinas pesquisadas pela nossa reportagem (oito nas cidade de Bariri, Iacanga, Nova Europa, , Itápolis e Novo Horizonte), apenas uma começa a colheita da safra ainda neste mês. Em reportagem sobre a alta do etanol, veiculada no jornal Folha de Ibitinga no dia 26 de março, o diretor regional da base do Sincopetro (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) Alberto Borsetto Neto, declarou que a safra para a maioria da usinas deveriam ter começado em março.
Mesmo com o início da safra, na região Centro Sul do país, não é garantia de preços baixos. A projeção da Unica (União da Indústria da Cana de Açúcar) revela um aumento de 2,11% no crescimento total de toneladas a serem moídas no Brasil. Em 2010 foram 556,74 milhões de toneladas e para 2011, a projeção é para 568,50 milhões de toneladas.
Na contra mão do abastecimento do etanol, está o alto valor do açúcar, e os novos veículos flex inseridos no mercado o que leva os motoristas a prever que os preços não irão reduzir como antigamente. Segundo dados divulgados mensalmente pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), cerca de 85% dos veículos leves novos comercializados no país são flex. Ao todo são 12 montadoras que oferecem mais de 80 modelos flex, que já representam quase 50% da frota nacional. Atualmente, são mais de 12 milhões destes modelos rodando pelo país.
Segundo estimativas da Unica, em 2020, 86% dos carros de passeio brasileiros serão flex, podendo utilizar gasolina, etanol ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção. A constante alta do consumo aumenta a acirrada briga da lei de oferta e procura. Enquanto não cabem mais carros pelas ruas, outros agravantes rondam o etanol: o interresse americano pelo biocombustível, e uma demanda maior que a fabricação, apesar de que o governo declarar que não irá ocorrer desabastecimento de etanol em todo o território nacional.