Ibitinga, Domingo, 24 de Novembro de 2024
Artesp define reajuste médio de 5,29% para pedágios
Nova tarifa começa a valer a partir da próxima terça-feira nas rodovias estaduais paulistas; reajuste fica abaixo do IPCA

As tarifas de pedágios das rodovias estaduais paulistas vão subir, na média, 5,29% a partir desta terça-feira, 1º de julho, informou nesta sexta-feira, 27,a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). O aumento médio ficou abaixo do IPCA, índice de preços que normalmente define o reajuste anual, que é de 6,37% no acumulado em 12 meses.

O porcentual de aumento varia dependendo da praça de pedágio, entre zero e 8,57%. As tarifas de pedágio nos acessos de Diadema e Eldorado da Rodovia Imigrantes, administrada pela Ecovias, não terão aumento, por exemplo. Já o pedágio principal da mesma rodovia terá um reajuste de 3,77%, passando de R$ 21,20 para R$ 22. Por outro lado, a tarifa na praça Casa Branca, da Renovias (do Grupo Encalso e da CCR), subirá 8%, enquanto as praças Piratininga e Rancharia da Cart (da Invepar) terão um aumento de 8,57%.

Para determinar os índices de reajuste, a Artesp levou em consideração as compensações feitas no ano passado, quando, em meio às manifestações populares que tomaram as grandes cidades, o governo paulista optou por não aplicar o repasse da inflação e determinar outras medidas de compensação para o reequilíbrio econômico financeiro das concessionárias, como a redução da outorga de 3% para 1,5% e o início da cobrança dos eixos suspensos dos caminhões.

Conforme já haviam indicado algumas empresas, houve casos em que essa cobrança adicional mais do que compensou o não reajuste das tarifas, mas em outros casos a medida não foi suficiente para fazer com que a concessionária faturasse o montante correspondente ao que arrecadaria com o repasse da inflação. "Fomos acompanhando o impacto das medidas ao longo do tempo", disse a diretora geral da Artesp, Karla Bertocco, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Ela salientou que foi justamente por causa desse acompanhamento que o valor do reajuste passou a ser variável - até agora existia o mesmo índice e o mesmo valor de tarifa quilométrica por etapa do programa de concessões. "Por isso, a tarifa quilométrica deixará de ser a mesma em todas as concessionárias, agora vai ter um número para cada concessionária", disse.

De acordo com a diretora, o acompanhamento deve continuar e não estão descartados novos ajustes ao longo dos próximos anos. "Se, a partir do porcentual que calculamos, tiver um excedente, reduz na tarifa", afirmou.

Índices

Na média, a Ecovias, por exemplo, terá um reajuste em suas tarifas de 4,58%. Já a Ecopistas, também do grupo EcoRodovias, terá um aumento superior à inflação, de 6,97%. O Grupo já havia indicado que na Ecopistas, que opera o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto, o reajuste deveria ser acima da inflação, por causa da não compensação plena do índice de reajuste com o início da cobrança pelo eixo suspenso.

"Na Ecopistas isso é muito claro e esperamos que neste ano isso possa ser compensado, dando um reajuste maior", disse recentemente o presidente da companhia Marcelino Serás. Já no caso da Ecovias, a indicação dada pelo diretor de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Marcello Guidotti, era de que a arrecadação estaria "em um patamar de equilíbrio".

Dentre as concessionárias do grupo CCR, por sua vez, na Autoban o aumento é de 5,38%, já na ViaOeste o reajuste alcança 6,14%, fica em 5,26% na SPVias e em 6,51% no Rodoanel Oeste. Na Renovias, na qual o grupo detém 40% de participação, o reajuste é de 6,37%.

Nas rodovias administradas pela Arteris, o aumento varia de 4,67%, para a Intervias, a 5,58%, para a ViaNorte. Centrovias terá reajuste médio de 5,04% e Autovias, de 5,17%.

As tarifas das concessionárias da AB Concessões Triângulo do Sol, Rodovia das Colinas e Rodovias do Tietê terão reajuste de 5,72%, 5,51% e 5,44%, respectivamente. Completam a lista a Cart (da Invepar), com aumento médio das tarifas de 5,98%; Rota das Bandeiras, da Odebrecht, 5,29%; Tebe, 4,89%; e SPMar, com 3,51%.

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