Ibitinga, Domingo, 24 de Novembro de 2024
Confirmado o 1º caso de raiva bovina em Ibitinga
Animal contaminado foi identificado no bairro Correguinho. Caso põe em alerta criadores e população

  A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) confirmou no último dia 18 de agosto o registro do primeiro caso de raiva bovina em Ibitinga, após a morte de um animal no bairro Correguinho. Em função disso, a CDA em parceria com o Sindicato Rural, iniciou um trabalho de fiscalização de propriedades no município em busca de possíveis focos de morcegos.

  Como resultado desta ação, foram identificadas duas novas colônias ativas: uma na região do bairro Matãozinho e outra na antiga pousada da CESP. Alguns morcegos foram capturados e o controle realizado. As duas equipes trabalharam de segunda a quinta-feira, mas não conseguiram percorrer todo o município e devem retornar em setembro para finalizar os bairros que não conseguiram visitar.

  Segundo o presidente do SR, Frauzo Sanches, a colaboração dos produtores e proprietários rurais assim como de toda população é fundamental neste momento.    “Agradecemos aos produtores que colaboraram notificando casos e indicando possíveis locais e pedimos para que fiquem atentos, pois em alguns locais como no Correguinho e Barra Mariana foram notificados casos de mordedura do morcego e não foram encontradas colônias, o que significa que, provavelmente, eles devem estar em locais de difícil acesso, por isso, é importante que produtores e proprietários rurais estejam atentos e ajudem a identificar possíveis locais, avisando o sindicato ou a Defesa Agropecuária, para que os técnicos possam realizar o controle”, explica.

  Outra medida importante neste momento, segundo o veterinário do Escritório de Defesa Agropecuária de Jaboticabal (EDA), Eduardo Nakaghi, é vacinar os animais, principalmente os que irão tomar a vacina pela primeira vez, e comunicar qualquer anormalidade. “Caso os produtores encontrem algum foco de morcego, a orientação é comunicar o órgão de defesa do município e não tentar capturar esses animais. Caso haja algum animal com suspeita de raiva, deve-se evitar a manipulação, pois a CDA tem profissionais aptos para isso. E se o animal demonstrar os sintomas depois de vacinado, pode ser usada a pasta vampiricida no local mordido,” afirma.

 Campanha de conscientização

   Em reunião realizada na última quarta-feira (20), na Santa Casa de Ibitinga, com a diretoria do sindicato, o veterinário do Centro de Controle de Zoonoses de Ibitinga, Juraci de Lima Ramos Filho, e representantes da Vigilância Epidemiológica do Serviço Autônomo Municipal de Saúde (SAMS), foram traçadas metas e delegadas responsabilidades para o combate à proliferação da doença no município.

  A Casa da Agricultura e a Secretaria de Agricultura do Estado respondem pelo controle de animais de grande porte como bois, vacas e bezerros, já o cuidado com pequenos animais, como os domésticos, fica sob a responsabilidade do Centro de Zoonoses.

  Vânia Maria Soares da Costa, Maria da Graça Endres e Simone Zeponi, que integram a equipe da vigilância epidemiológica, explicam que há política de saúde pública de vigilância da raiva. “Isso já é uma conduta profilática, tanto na zoonose, quanto na vigilância voltada para o humano”, explica Endres. Apesar disso, serão confeccionados materiais para orientar a população e será solicitado ao governo do Estado adiantar a Campanha da Vacina Antirrábica, que está programada para novembro. “É preciso ficar alerta porque o vírus está circulando”, enfatiza Costa. E no caso de acidente no contato com morcegos ou com um animal com suspeita de raiva, a vigilância e o Centro de Zoonose devem ser procurados imediatamente. “Não se deve tentar manipular o animal, pois o vírus pode passar para o humano. É preciso chamar um técnico”, diz Zeponi.

  Segundo o veterinário do Centro de Zoonoses, Juraci Filho, pequenos animais podem contrair a raiva como qualquer outro. “No ano passado houve uma grande campanha de vacinação desses animais aqui no município e grande parte deles, por ter sido vacinada, ainda está imune. O problema são os animais forasteiros que aparecem, por isso, não há como dizer que não há riscos”, explica.

  Incurável nos animais, a raiva, quando transmitida para seres humanos, também pode ser extremamente agressiva e fatal, por isso, a preocupação de vacinar os animais. A orientação do veterinário do sindicato, Mauro Figueiredo, é que todos os animais, independente de porte, sejam vacinados. “Como o vírus está circulando, a orientação para quem ainda não vacinou seus animais é providenciar a vacinação, inclusive dos animais de pequenos porte, pois a vacina não é cara e imunizará o animal. Nos casos suspeitos é preciso avisar imediatamente as autoridades ou nossa entidade”, conclui Figueiredo.

 Telefones úteis:

  Sindicato Rural: (16) 3342-2485 | 99762-0451

  Vigilância Epidemiológica: (16) 3352-7080.

  Controle de Zoonoses: (16) 3342-2281.

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