Vivenciando a pior seca já vista na história, a cidade e região veem aumentar o risco de queimadas, o que tem preocupado grande parte dos produtores e também a sociedade. Segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), no período de junho a novembro, grande parte do país é acometido por queimadas, que se estendem praticamente por todas as regiões, com maior ou menor intensidade.
O período de estiagem muito longo, caracterizado por incidência de ventos e baixa umidade relativa do ar — que em alguns dias chegou a menos de 20% — favorecem a ocorrência de queimadas. O fogo, que no passado era empregado para fins diversos na agropecuária, hoje é terminantemente proibido de forma irregular, o que significa que o proprietário rural só pode realizar queimadas com autorização do órgão ambiental competente.
Para o soldado da Base de Bombeiros de Ibitinga, Maycon Douglas da Silva, a ordem é ter cuidado. “É importante prevenir porque as queimadas fazem mal às pessoas, principalmente às que tem problemas respiratórios e trazem consigo o risco ambiental. Há animais que migram para a cidade ou que acabam morrendo queimados. Temos que nos conscientizar porque dependemos do meio ambiente, além disso, não geramos custos para o município”, afirma.
Em todo o Estado, o Corpo de Bombeiros está realizando a Operação Corta Fogo, uma ação preventiva, de monitoramento e combate realizada em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente, a Polícia Militar Ambiental, a Defesa Civil e as brigadas civis de combate a incêndios. A orientação para produtores e população é não atirar cigarros ou fósforos nas estradas, não soltar balões, evitar acender fogueiras, evitar fazer queimadas, ou quando necessário, no caso de produtores, solicitar autorização à Cetesb e nunca fazer queimadas próximo a rede elétrica.
Para evitar incêndios nas propriedades rurais, é aconselhável procurar o grupamento de bombeiros para obter orientação, se possível, que todas as pessoas envolvidas no trabalho na propriedade assistam as instruções dadas pelos bombeiros. “Esta é a primeira e mais importante medida de segurança que o produtor rural deve tomar, para evitar prejuízos com as queimadas e para, conscientemente, ajudar na proteção ambiental. É importante ressaltar também a importância da responsabilidade de cada produtor rural, individualmente, policiar sua propriedade e região. Isto é vital, pois sem essa ajuda as autoridades pouco podem fazer para conter o avanço da devastação”, enfatiza Silva.
MEDIDAS PREVENTIVAS
- Construir aceiros (barreiras que impedem a propagação das chamas). Pode ser feito em forma de vala ou limpeza do terreno, de modo a obstruir a passagem do fogo.
- Apagar com água restos de fogo em acampamentos, para evitar que o vento leve as brasas para a mata, causando incêndios.
- Não jogar pontas de cigarro acesas em estradas ou próximas a qualquer tipo de vegetação.
- Está proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais.
- Em área com vegetação muito seca, "regar" ou molhar, não totalmente, mas em pontos estratégicos, visando prevenir ou ajudar a conter possível incêndio.
- Capinar, preventivamente, faixas de terra, deixando as totalmente limpas e usando-as para isolar outras áreas com perigo potencial de ocorrência de incêndios.