No próximo dia cinco de outubro serão escolhidos representantes do Executivo (presidente) e Legislativo (senador e deputados federais e estaduais) para governarem o país nos próximos quatro anos. A expectativa é que o pleito 2014 represente um avanço do ponto de vista da conscientização da importância do voto.
Os sucessivos escândalos de corrupção divulgados denotam a falta de decoro e de ética dos candidatos eleitos – escolhidos pelo povo -, no exercício de suas atribuições. A eleição, em 2010, de um candidato palhaço, que obteve surpreendentes 1.350.820 votos, também demonstra a inabilidade do brasileiro em votar.
O 'voto de protesto', como foi definido por muitos cientistas políticos o fenômeno da eleição de Tiririca, elegeu a reboque outros três candidatos, alguns envolvidos em esquemas de corrupção. Em quatro anos de mandato, o deputado custou aos cofres públicos quase dois milhões (cerca de R$ 1.282.710,24 de salário e R$ 656.938, 43 de verbas de gabinete) e aprovou apenas um projeto: a alteração da Lei Rouanet para reconhecer a atividade circense como manifestação cultural.
Neste pleito, novamente, partidos e coligações estão usando candidatos celebridades (cantores, atores, religiosos, etc...) para, através de seu co-ciente eleitoral, ajudar a eleger outros candidatos.
A escolha do candidato deve, obrigatoriamente, passar pela análise do histórico de ações coletivas desempenhadas pelo mesmo. O eleitor precisa deixar de se iludir por promessas de última hora e de se ver representado em discursos vazios, apelos grotescos ou falsas promessas. O voto precisa ser um ato consciente.
“Não dá mais para votar baseando-se apenas em 'santinhos' distribuídos por conhecidos ou encontrados na rua ou porque o candidato é famoso ou engraçado. É preciso buscar informações com outras pessoas e entidades, conhecer o que o (a) candidato (a) tem feito, e avaliar se os compromissos assumidos por ele (a) estão condizentes com sua postura e se são viáveis”, enfatiza o presidente do SR, Frauzo Sanches.
A internet é uma poderosa aliada do eleitor, possibilita comparar propostas e avaliar diferentes perfis de candidatos. E as redes sociais propiciam o diálogo, tanto com candidatos (as) quanto outros eleitores.
Para os produtores rurais, vale a dica da observação dos pontos dos Programas de Governo dos (as) candidatos (as) referentes ao setor agropecuário. A escolha de presidente (a), senador (a), deputado (a) federal e estadual, neste caso, precisa estar pautada na coerência de ação, histórico e pensamento destes candidatos com o desenvolvimento sustentável e equânime das atividades de cultivo e criação no país.