Na última quinta-feira, 30 de outubro, o Conselho Gestor da APA de Ibitinga se reuniu na FAIBI, às 14h, para a realização de sua 16ª reunião ordinária onde foi aprovada ata da reunião anterior, apreciado o Plano de Metas 2015 e tratada a organização da Expedição Técnica de Reconhecimento de Território junto ao Conselho.
Estiveram presentes à reunião Amilcar Marcel de Souza, Gestor da APA, Francisco Grillo, Secretário da Agricultura e Meio Ambiente de Ibitinga, Débora Riva, Coordenadora de Meio Ambiente, Tatiane Cristina Rech, representante da AES Tietê, Alcides Moreira, diretor do Sindicato Rural e Valdecir Vasconcellos, técnico agrícola da entidade, a secretaria do Turismo de Ibitinga, Eléa Lorenzetti Bocca e a presidente da Associação Nossa Senhora dos Navegantes, Sueli Cassiano.
“Esta foi a última de cinco reuniões realizadas em 2014. Conforme surgem as demandas, vamos nos reunindo. Estamos elaborando o Diagnóstico Socioambiental de Ibitinga, no qual dados de socioeconômica, fauna, flora, solos, pedologia, clima, qualidade de água e peixes foram gerados e agora estão sendo processados. Este foi o grande trabalho da APA. Contratamos uma empresa, que buscou essas informações através de um processo de seleção, e que continua executando este trabalho. Essas informações vão subsidiar a elaboração do Plano de Manejo da APA, que já está sendo elaborado, sendo esta apenas uma etapa do trabalho”, explica Amilcar Marcel de Souza, gestor da APA Ibitinga há 6 anos.
Além deste levantamento e das reuniões, o conselho também promoveu palestras durante o ano sobre a flora de Ibitinga e orientações de uso e regulamentação do entorno do reservatório do Rio Tietê. De acordo com Souza, todas as metas definidas para este ano foram concretizadas. “Fizemos um 'balanço da gestão' em reuniões passadas e verificamos que cumprimos além das metas, por isso, para 2014 estamos satisfeitos com todo o processo”, afirma.
As metas são encaminhadas pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, entre as definidas para 2015, destaque para destaque para a finalização do Zoneamento da Área de Ibitinga, que para ser cumprida exigirá um cuidado para que não haja prejuízos à fauna e flora estudados, comenta Valdecir Vasconcelos, técnico do SR.
Outro desafio, segundo Souza, está sendo finalizar o Plano de Manejo. “É um trabalho muito complexo e precisa ser decidido coletivamente pelo Conselho, ou seja, as ideias precisam convergir para o mesmo ponto, o que torna ainda mais complexa a tarefa. Após essa etapa, teremos um novo desafio pela frente, a implantação do plano, que traz várias diretrizes”, en-fatiza o gestor da APA.
A gestão da APA tem focado em subsidiar a fiscalização da Polícia Ambiental e promover um intercâmbio entre proprietários locais que precisam fazer plantios de árvores e reflorestamento. “Nestes seis anos já trouxemos para Ibitinga 300 mil árvores, que foram plantadas em diversas propriedades rurais, e também promovemos uma série de pesquisas. Fomentamos com a UFSCAR, USP e UNESP para que os professores trouxessem seus alunos, que estão fazendo mestrado e doutorado, para cá. Com isso, estamos gerando uma série de informações importantes”, conclui Souza.
Entendendo a APA
A Área de Proteção Ambiental (APA) é uma categoria de unidade de conservação, prevista no Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC), que define todas as formas de proteção e conservação ao meio ambiente, através de categorias mais ou menos restritivas. Ibitinga se enquadra numa categoria de APA com atributo ambiental importante para o coletivo, portanto, menos restritiva (sendo permitindo seu uso para agricultura, pesca, lazer e turismo). Na APA, porém, ficam a cargo do Estado as ações de conservação e proteção da área.
Ibitinga foi decretada APA em 1987 — considerada área relevante para o Estado de São Paulo —, por sua grande quantidade de água. Dois complexos ecossistêmicos, o Pantaninho e o Varjão, quase únicos no Estado, tornam a cidade uma APA. Hoje, ainda mais importante, diante da falta de água vivenciada no Estado.