A notícia da morte de Osama Bin Laden repercute positivamente nos mercados financeiros mundiais nesta segunda-feira (2). Na Ásia, houve recuperação no valor do dólar norte-americano e as principais bolsas registraram alta.
Analistas dizem que a morte do saudita pode levar a uma redução dos riscos aos investimentos e deve gerar uma melhora na confiança do consumidor americano. Porém eles também advertiram que isso deve alterar pouco os riscos de longo prazo que pairam sobre os Estados Unidos e sobre a economia global.
"Ao reduzir os riscos de segurança nacional em geral, isso deve impulsionar os mercados de ações e reduzir os preços dos títulos do Tesouro dos EUA", disse Mohamed El-Erian, diretor-executivo e vice-diretor de investimentos da PIMCO, que administra US$ 1,2 trilhão em ativos.
"Os mercados de petróleo devem ficar mais voláteis, dada sua maior sensibilidade ao cabo de guerra entre o risco menor e a possibilidade de distúrbios isolados em partes do Oriente Médio e da Ásia central", disse ele.
Bolsas
Índices futuros de ações indicam que o principal indicador da Bolsa de Valores de Nova York, o S&P 500, deve apresentar uma alta na abertura nesta segunda-feira.
Na Europa, os principais índices iniciaram os negócios desta segunda-feira operando em alta. Em Paris, o CAC-40 subia 0,71%; em Frankfurt, na Alemanha, o DAX abriu o dia subindo 0,75%, enquanto na Espanha o o Ibex-35% subia 0,19%.
Na Ásia, onde a notícia foi dada durante a tarde, o índice Nikkei 225, da Bolsa de Tóquio, subiu 1,54% e fechou acima dos 10 mil pontos pela primeira vez desde o meio de março, antes de o Japão ser atingido por um devastador terremoto e por um tsunami.
Muitos mercados de ações da região, incluindo China, Hong Kong, Cingapura, Malásia e Tailândia, estavam fechados nesta segunda-feira para um feriado e devem reagir à notícia apenas nesta terça-feira.
Petróleo
Em Londres, o preço do petróleo do tipo Brent caía 98 cents, para US$ 124,91, enquanto a cotação do petróleo leve americano recuava para abaixo de US$ 113 o barril, após atingir níveis próximos aos recordes de alta nas últimas semanas, por conta do conflito na Líbia e da instabilidade política no Oriente Médio.
Porém os analistas dizem que o preço do petróleo já estava em queda antes da notícia da morte de Bin Laden, afirmando que a percepção de outros riscos no Oriente Médio e no norte da África também já haviam diminuído levemente. Ao mesmo tempo, países produtores, como a Arábia Saudita, aumentaram sua produção em um esforço para reduzir os temores de uma crise de oferta.