O governo mexeu na tabela do Imposto de Renda e agora quem ganha até R$ 2.826,65 terá um desconto menor na fonte. Os valores das duas primeiras faixas da tabela foram reajustados em 6,5%. As outras três faixas tiveram reajustes que variam entre 6% e 4,5%.
Quanto menor o percentual de reajuste da tabela, mais imposto o contribuinte paga. As mudanças, feitas na quarta-feira (11) por meio da Medida Provisória 670/15, valem a partir do pagamento de abril.
A isenção do Imposto de Renda mudou de R$ 1.787,77 para R$ 1.903,98. “Todos os contribuintes que ganham entre esses dois valores tiveram o desconto do Imposto de Renda na fonte e poderão pedir a restituição no ano que vem”, afirmou Adilson Luizão, professor de ciências contábeis da Universidade São Judas.
Para a segunda faixa, dos contribuintes com renda entre R$ 1.903,99 e R$ 2.826,65, a parcela a deduzir ficou em R$ 142,80, antes era R$ 134,08.
“A mudança favorece mais as duas primeiras faixas. Elas somam aproximadamente 20 milhões de contribuintes, sendo que 11,5 milhões deles vão ficar isentos. Os outros 9,5 milhões poderão fazer a declaração simplificada e conseguir a restituição”, disse Wagner Pagliato, diretor do curso de ciências contábeis da Unicid.
Para Elvira de Carvalho, consultora tributária da King Contabilidade, a correção foi pequena. “Está muito defasada. No mínimo, deveria ser igual à inflação, independentemente da faixa”, disse a consultora.
Tentativa/ A oposição, liderada pelo PSDB, tentou na quarta-feira (11) derrubar o veto da presidente Dilma à proposta que estabelece um reajuste linear de 6,5% para todas as faixas da tabela do imposto de renda.
Para compensar a investida dos tucanos, o governo fez um acordo com as lideranças do Congresso e editou a medida da correção escalonada começando com 6,5% para as duas primeiras faixas. Às 23h, o veto foi mantido por 238 a favor do governo e 208 contra.
Diário de SP