O Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga recebeu algumas denúncias de seus associados referentes ao atendimento e à prestação de serviços da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) na área rural e, na qualidade de legítimo representante da classe produtora rural destes dois municípios, entrou em contato com a companhia buscando esclarecimentos.
Segundo apuração da entidade, relacionada aos protocolos de atendimentos abertos junto à CPFL, os problemas relatados tem provocado, além de constante transtorno aos associados e a seus familiares, prejuízo de toda ordem ainda não reparados. São solicitações de corte de galhos (que não sendo realizado resultou na ocorrência de curto na rede, provocando danos a vários equipamentos, com prejuízo ainda não reparado); de troca de pararaios (que não sendo não atendido coloca em risco a saúde de pessoas e o patrimônio dos associados), além de um comunicado de falta de energia, cujo atendimento, em um dos casos, somente permitiu o restabelecimento 22 horas e meia depois da solicitação, provocando a perda de todo o estoque de leite do associado, prejuízo de grande monta e também não reparado pela companhia.
Maria Inocente fez a solicitação de troca dos pararaios, que estão queimados, há mais de um mês e, segundo ela, até agora não houve retorno. “Eles dizem que também não podemos trocar por conta, que devemos esperar a chegada de um técnico, mas demoram para atender", afirma.
Cláudio Crepaldi, outro produtor, afirma estar solicitando a limpeza e manutenção da rede elétrica há bastante tempo. “Eu e outro vizinho precisamos pagar empregados para fazer o serviço. Precisamos trocar os pararaios que estão queimados, e eles acusam que não há pessoas para fazer o serviço. Mesmo com o protocolo da ligação, nada resolvem”, reclama.
Segundo o advogado do Sindicato Rural, Dr. José Carlos Benedito Marques, se o produtor tiver prejuízos, deve se documentar, abrir uma ocorrência policial e, no prazo legal de 90 dias, entrar com pedido de indenização. Em nota, a CPFL afirmou que vai investigar.
Outro Lado
NOTA À IMPRENSA A CPFL Paulista informa que vai investigar as oscilações no fornecimento de energia elétrica relatados pelo Sindicato Rural e encaminhará as informações, o mais breve possível. A distribuidora reforça que cerca de 2/3 do tempo em que o cliente fica sem energia corresponde a interrupções emergenciais, provocadas por fatores externos como os temporais, colisões de veículos contra postes e objetos que atingem a rede – pipas, balões e galhos de árvores, por exemplo. Queimadas e furtos de cabos são outros fatores que podem provocar tais desligamentos. O outro terço corresponde a desligamentos programados, informados previamente aos clientes, e organizados para que a empresa possa executar obras de melhoria na rede elétrica, tornando-a cada vez mais confiável.