Ocupando uma das 10 primeiras posições nos rankings de produção e exportação mundial de diferentes culturas o Brasil se destaca na produção mundial de alimentos. Uma diversidade que se estende por todo o território nacional e que conta com a participação de Ibitinga e região. Segmentos como soja, milho, açúcar, etanol e carnes são os primeiros nos rankings de produção e exportação mundiais. Aqui, a laranja se destaca como cultura da região.
Uma cultura que durante muito tempo foi destaque na cidade e região é a laranja. A produção e exportação de suco de laranja também ocupa 1° lugar no ranking mundial. O Brasil, atual-mente, é o maior exportador de suco concentrado de laranja, sendo responsável por 60% da produção mundial. São produzidas, em média, 19,6 milhões de toneladas e exportados 9,46 milhões de toneladas.
Em 1° lugar no ranking mundial de produção e exportação está a cana de açúcar. A safra 2013 / 2014 contabilizou uma produção de 38.809.700 toneladas das quais 27.153.840 toneladas foram destinadas à exportação. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a cadeia produtiva do setor conta com 389 usinas, 80 mil fornece-dores, 4.000 mil indústrias de base e 600 municípios com produção acima de 5.000 hectares, empregando 2,5 milhões de trabalhadores e ocupando uma área total de 8,81 milhões de hectares.
Outro segmento historicamente em destaque no país, o do café, coloca o Brasil como produtor de um terço do café consumido no mundo. Também em 1° lugar no ranking mundial de produção e exportação, o pais produz 3 milhões de toneladas (50 milhões de sacas) e exporta 1,88 milhão de toneladas (31 milhões de sacas). Atualmente conta com 15 estados produtores, e devido à grande diversidade de regiões produtoras, o país oferece diversos tipos de café, o que possibilita atender diferentes paladares e alcançar diferentes patamares de preços. Para assegurar a origem e a qualidade do café produzido, o país possui selos de Indicações Geográficas.
Antônio Aparecido de Paula, associado do Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga, trabalha com o café desde que ele se entende por gente e acre-dita que a cultura seja rentável para o pequeno produtor. Na colheita usa mão de obra contratada e na safra passada colheu em torno de 1500 sacas. “A produção varia a cada safra, às vezes um pouco mais, se não houver geada, às vezes um pouco menos”, destaca o produto, que possui uma área plantada de cerca de 11 hectares, em duas propriedades, e o total de 150 mil pés de café plantados
Outro segmento onde o Brasil lidera o ranking mundial de exportações é o da soja. São 32,9 milhões de toneladas (grãos) e outras 49 milhões de toneladas (complexo soja), exportadas. O país é o segundo maior produtor mundial, com 82 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos EUA. O cultivo de soja no Brasil utiliza práticas sustentáveis, como o sistema integração-lavoura-pecuária e a técnica do plantio direto.
O complexo de soja (grão, farelo e óleo) é o principal gerador de divisas cambiais do Brasil, com negociações anuais que ultrapassam US$ 26 bilhões. A indústria nacional transforma, por ano, cerca de 36 milhões de toneladas de soja, produzindo 6,97 milhões de toneladas de óleo comestível — o que torna o país o quarto maior produtor mundial do produto e segundo maior exportador, de cerca de 1,69 milhões de toneladas.
Já o farelo de soja brasileiro possui alto teor de proteína e padrão de qualidade Premium, o que permite sua entrada em mercados extrema-mente exigentes como os da União Europeia e do Japão. Isso coloca o país em quarto lugar no ranking mundial de produção e em segundo lugar no de exportação com volume de 14,28 milhões de toneladas exportadas.
Na produção de milho, o Brasil está em terceiro lugar, produzindo cerca de 63,2 milhões de toneladas. Na exportação, ocupa a segunda posição, com 19,8 milhões de toneladas de milho, superado somente pela Argentina. A necessidade mundial de milho como ingrediente para indústria de ração animal amplia a demanda de exportações brasileiras.
Mauro Fávero, produtor associado ao Sindicato Rural, cultivava laranja, desde 1973. Tinha quase 15 hectares plantados, mas após a crise foi erradicando até que, em 2012, ficou com apenas dois hectares. Como não acredita mais na rentabilidade da cultura para o pequeno produtor, nos demais hectares agora planta milho.
Atualmente, o Brasil é o quinto maior produtor mundial de algodão, produzindo cerca de 5,1 milhões de toneladas e o quarto maior exportador do produto, com 1,05 milhões de toneladas. O país ainda se destaca como segundo maior produtor mundial de fumo — produzindo 950 mil toneladas (atrás apenas da China) —, e primeiro maior exportador mundial, com um total de 950 mil toneladas ex-portadas principalmente para China, Bélgica e Estados Unidos.
Ibitinga
Em Ibitinga, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) correspondentes à Safra 2013, são cinco hectares destinados ao café e 15 toneladas produzidas; 1.100 hectares de milho e 6.600 toneladas e outros 4.000 hectares de laranja, que produziram 78.336 toneladas.
Os dados da Pecuária
Outro grande destaque brasileiro é a carne bovina. Com 9,4 milhões de toneladas, o país é o segundo maior produtor e o maior exportador mundial de carne bovina, responsável por cerca de 20% das exportações mundiais do produto, ou 1,6 milhão de toneladas por ano. O clima tropical e a extensão territorial do Brasil, que permite a criação em sistema de pastagem, contribuem para esse resultado. O segmento de couros e peles bovinas também está crescendo significativamente. As receitas com as exportações desses produtos aumentaram em 2014.
A produção de frango brasileiro hoje
é exportada para cerca de 140 países. O país se tornou o terceiro produtor mundial produzindo cerca 12,64 milhões de toneladas. É líder em exportação com 3,918 milhões de tonelada, gerando US$ 8 bilhões de receita.
O avicultor Roberto Carlos de Oliveira, há 30 anos no setor, trabalha em parceria com o frigorífico, de quem recebe assistência técnica para construção dos aviários e assessoramento de veterinários e técnicos agrícolas. “O sistema nos dá a garantia de escoamento do produto e produção contínua. Ao produtor cabe criar as aves de acordo com as melhores práticas de produção e de acordo com as normas de bem-estar e sanidade animal”, explica.
Estudos e investimentos na suinocultura também posicionaram o Brasil em quarto lugar no ranking de produção, com 3,4 milhões de toneladas e exportação mundial 515 mil toneladas de carne suína.
Tudo isso contribui para colocar o país em destaque no cenário da produção mundial de alimentos.