Ibitinga, Domingo, 24 de Novembro de 2024
CitrusBR: queda no consumo reduz demanda da indústria na última década
Segundo a instituição, o consumo mundial de suco de laranja caiu de 2,4 milhões de toneladas para 2,1 milhões de toneladas

A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) estima que a queda no consumo de suco de laranja e os consequentes impactos nas exportações na última década reduziram a demanda anual das processadoras brasileiras em 75 milhões caixas (de 40,8 quilos) da fruta. O volume representa 25% da produção média anual do parque comercial citrícola brasileiro, de 300 milhões de caixas.

Segundo o diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, entre as safras 2004/2005 e 2006/2007 e a atual safra, o consumo mundial de suco de laranja caiu de 2,4 milhões de toneladas para 2,1 milhões de toneladas e as exportações brasileiras recuaram de um pico de 1,5 milhão de toneladas anuais para 1 milhão de toneladas. "Desde então, o acumulado na redução da demanda corresponde a toda uma safra brasileira", disse Netto, durante a Semana da Citricultura, que ocorre em Cordeirópolis (SP).

Segundo o executivo da entidade que reúne as três grandes processadoras do país - Cutrale, Citrosuco e Louis Dreyfus Commodities -, além de ações para fomentar o consumo do suco no mercado externo, a saída para retomar a demanda da fruta e da bebida é incentivar o mercado interno. Esse incentivo passa por uma redução nos tributos e pelo incentivo ao consumo.

Dados da CitrusBR apontam que uma caixa de caixa de laranja é capaz de produzir 20 litros de suco e paga R$ 40 em impostos, ou 27,2% em tributos da bebida e uma tributação total de 34%. "Não há mercado que possa decolar com essa tributação" disse Netto. "O setor pede uma renúncia fiscal de R$ 225 milhões por ano no suco, o que é bem menos do que a ajuda dada ao setor pelo governo em operações nos últimos anos", afirmou.

Caso isso ocorra, a demanda anual pelo suco no mercado interno poderia crescer em até 200 mil toneladas nos próximos dez anos ou uma demanda adicional de 50 milhões de caixas por ano. "Isso faria com que o Brasil se tornasse o maior cliente dele próprio", explicou o executivo.

Outro levantamento mostra ainda que, se o consumo de outras bebidas fosse transformado em laranja, seriam necessárias 957 milhões caixas da fruta para suprir a demanda anual de refrigerantes, 687 milhões de caixas do consumo de café e de 507,8 milhões de caixas caso o consumo de leite fosse substituído por suco de laranja. "O suco 100% de laranja comercializado no Brasil consome só 4,4 milhões de caixas, o que qualquer grande produtor seria capaz de suprir", concluiu Netto.

Globo Rural

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