No dia 26 de maio foi realizada em São Carlos a 5° Conferência Regional da Segurança e Alimentação Sustentável com o tema “Comida de verdade no campo e na cidade”, e o técnico agrícola do Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga (SR), Valdecir Vasconcelos, participou do evento como representante da sociedade civil, da entidade e da Comissão Regional de Segurança Alimentar Nutricional Sustentável (CRS-ANS), sendo eleito entre os presentes para participar do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea-SP) e representar, por dois anos, a Regional Central, no intuito de defender a classe produtiva agrícola e garantir uma alimentação saudável nas escolas.  

  Segundo Valdecir, foram debatidos temas relacionados tanto à alimentação escolar como da população em geral. “Ao todo foram 26 municípios reunidos e esta Conferência Regional tem por finalidade preparar diretrizes para participação da Conferência Estadual, que será realizada no começo de agosto. Em novembro, a Conferência Nacional acontece para levantar os problemas e as possíveis soluções, o que dá certo em uma região e o que não dá. Em termos de mudanças de nutrição e segurança alimentar a conferência é fundamental para garantia da qualidade dos alimentos”, avalia o técnico. Dentro do tema proposto para esta conferência, foi abordada a questão “O que é comida de verdade?”, sendo caracterizados como ali-mentos saudáveis os que usam defensivos agrícolas registrados, respeitando os prazos de carência. Essa foi uma das diretrizes abordadas e que deve ser respeitada nos âmbitos municipais e estaduais e levada à União. “Visamos uma alimentação justa e a destinação adequada de recursos de programas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Estamos priorizando as compras públicas que garantem, além de uma alimentação para as pessoas, renda extra para o produtor. O trabalho do Sindicato Rural tem sido muito árduo nesse sentido, para proporcionar aos agricultores familiares pequenos, médios e até os grandes produtores uma forma de aumentar a sua renda”, esclareceu Vasconcelos.

  Uma das maiores cobranças feitas nesta conferência, segundo ele, foi que toda a verba do Estado destinada à merenda escolar dos municípios seja também obrigada à destinação de uma porcentagem para aquisição de alimentos da agricultura familiar, assim como acontece com o PNAE, um recurso Federal, que exige a compra de 30% de gêneros alimentícios dos agricultores familiares. “Estaremos pleiteando junto ao Governo do Estado para que seja criada uma lei estadual nesse sentido, para que o dinheiro repassado para os municípios possa beneficiar não só a alimentação escolar, em termos de uma melhor nutrição, como também o setor agrícola”, afirma Vasconcelos.

  Ainda segundo o técnico agrícola do Sindicato Rural, também será pleiteada uma linha de financiamento para toda infraestrutura de saneamento básico rural, com a construção de fossas sépticas e o tratamento de água. “Aproveitaremos esta importante oportunidade para cobrar a elaboração de políticas públicas que de fato auxiliem o produtor a ter condições de investir e garantam uma produção de alimentos de qualidade e que realmente sirva tanto para o campo como para a cidade, como proposto na conferência”, finaliza Valdecir.

  O presidente do Sindicato Rural, Frauzo Sanches, reforça o esforço da entidade no sentido de levar informação, promover e melhorar a renda dos produtores rurais, assim como de buscar formas para que o alimento chegue da melhor forma possível com preço, qualidade e frescor aos consumidores. “Programas como o de compra de alimentos da agricultura familiar e de pequenos produtores para alimentação escolar, são muito importantes neste sentido”, avalia o presidente, ressaltando que os alimentos produzidos no município geram emprego e renda local para muitas pessoas e suas famílias, sendo fundamental também na promoção da diversificação das atividades econômicas, outra bandeira defendida pelo Sindicato Rural, que gera maior estabilidade econômica ao município.

   Frauzo finaliza lembrando que estes programas existem em Ibitinga e Tabatinga, graças ao empenho do Sindicato Rural, que apresentou e ajudou na implantação e conscientização dos responsáveis nas prefeituras locais para tal implantação.