A Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Regional de Jaboticabal, informou por meio do seu Diretor Técnico, Engenheiro Agrônomo, Dr. Antonio Sena Filho, a ocorrência em Ibitinga do primeiro caso confirmado de raiva em equinos, dos últimos 10 anos. Aconteceu no mês de fevereiro deste ano, no bairro Monte Alegre. O equino, uma fêmea de aproximadamente um ano e quatro meses, mostrou-se inicialmente isolado, quieto, sem apetite e logo apresentou leve falta de coordenação motora. No prazo de seis dias a falta de coordenação agravou-se e o animal foi levado para o hospital veterinário da Unesp de Jaboticabal, onde foi colhido material, enviado para diagnóstico no Instituto Pasteur e confirmado resultando positivo para Raiva.
A doença traz graves prejuízos à pecuária e grande risco à saúde pública. Em função disso, o Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga – SR alerta criadores para a importância da vacinação contra a raiva, a melhor forma de prevenir a doença. Os morcegos hematófagos são os principais transmissores da raiva, que também pode ser transmitida ao homem através do contato com a saliva de animais infectados e uma vez que uma pessoa apresente sinais e sintomas da raiva, a doença é quase sempre fatal.
Segundo a Médica Veterinária Hinig Isa Godoy Vicente, doutora em Medicina Veterinária Preventiva e funcionária da Defesa Agropecuária em Jaboticabal, a melhor forma de prevenir a doença é através da vacinação dos animais. Em Ibitinga os locais onde a vacina pode ser adquirida são Crisfarma e Coopercitrus.
A vacinação pode ser feita em bovinos, equinos, ovinos e caprinos acima de três meses, principalmente em propriedades onde os animais são mordidos por morcegos hematóagos e nas proximidades de onde houve casos positivos.
Histórico
Após anos de silêncio da doença, foi confirmado no município, em julho do ano passado, o primeiro caso positivo em bovino. Até outubro de 2014, outros quatro animais resultaram positivos nos bairros Correguinho, Coqueiros e Marimbondo. Equipes de controle da raiva da Defesa Agropecuária têm percorrido a região em busca de abrigos de morcegos hematófagos, que são os principais transmissores da doença, entretanto, o trabalho dessas equipes depende muito do auxílio da população, informando a existência de locais escuros e pouco movimentados, como casas abandonadas, ocos de árvores, poços vazios, túneis, embaixo de pontes ou viadutos, que possam servir como abrigo para os morcegos.
Telefones úteis:
Sindicato Rural: (16) 3342-2435
Vigilância Epidemiológica: (16) 3352-7080
Controle de Zoonoses: (16) 3342-2281