Aconteceu entre os dias 3 e 6 de novembro, em Brasília, a 5° Conferencia Nacional Sobre Segurança Alimentar e Nutricional, realizada no auditório Juscelino Kubitschek no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
O evento contou com a participação da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reuniu cerca de duas mil pessoas representando as 26 unidades da confederação mais o Distrito Federal, todos membros, conselheiros, delegados e delegadas eleitos nos seus estados para representar a sociedade civil, quilombolas, indígenas e comunidades tradicionais do Brasil.
O técnico agrícola do Sindicato Rural de Ibitinga e extensão de base em Tabatinga, Valdecir Vasconcelos, participou da conferência como um dos representantes do Estado de São Paulo, na função de conselheiro da Comissão Regional de Segurança Alimentar Regional, da região de São Carlos.
“Segurança alimentar não se discute apenas por produtores, mas por toda a população, tanto que o tema da conferência este ano foi 'Comida de verdade no campo e na cidade'”, enfatizou Valdecir.
Durante o encontro foram discutidos assuntos referentes à alimentação e segurança alimentar e feitas reivindicações e sugestões que foram reunidas na Carta da 5° Conferência. O relatório final da conferência inclui moções aos políticos solicitando melhorias na legislação.
Segundo Valdecir, foi bastante cobrado no evento o corte drástico no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). No estado de São Paulo eram investidos entre R$ 350 a R$ 400 milhões de reais e o valor este ano caiu para R$ 50 milhões, deixando produtores sem comercializar seus produtos e famílias e entidades sem os receber, passando por dificuldades.
Foi debatido também na conferência sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), onde os produtores tem comercializado grande parte de sua produção. Uma das reivindicações é por uma alteração na lei para que o mínimo destinado à aquisição de alimentos da agricultura familiar passe de 30% para 50% dos recursos oriundos do PNAE. “Hoje, infelizmente, muitas prefeituras não cumprem nem estes 30% obrigatórios, mas se conseguirmos o aumento toda agricultura do país deve ganhar”, pontua o técnico agrícola.