No dia 24 de novembro é celebrado o “Dia Nacional dos Rios”. A data serve de alerta para a conscientização sobre o bom uso dos recursos hídricos e a possibilidade de escassez da água no planeta, incentivando ações de preservação e proteção desse importante recurso natural. Privilegiado com o maior rio do mundo, o Rio Amazonas, o Brasil precisa se preocupar com a vegetação das margens dos seus rios, a mata ciliar, de vital importância, pois evita a degradação do solo por erosões, funcionando como uma esponja. Para preservação das matas ciliares, foram criadas as Áreas de Preservação Permanente (APP), pelo Código Florestal, que variam de acordo com a largura do rio.
Ativo e atuante como parceiro do produtor, o Sindicato Rural de Ibitinga e extensão de Base em Tabatinga (SR) vem trabalhado para a consolidação das leis de proteção ambiental, auxiliando seus associados no cumprimento das novas exigências como o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O cadastro começou a ser realizado em 2014, entre os meses de novembro e dezembro, totalizado 56 cadastra-mentos e em 2015 foram preenchidos outros 624, o que representa aproximadamente 70% dos associados do sindicato regularizados nesse sentido. Os outros 30% devem ser concluídos até maio de 2016.
Os proprietários rurais estão sendo orientados, principalmente quanto a recuperação das APPs, e na maioria dos casos já estão isolando as áreas, que estão sendo reflorestadas natural mente. Com a implantação do CAR, seguida pelo Programa de Regularização Ambiental (PRA), as APPs devem ficar protegidas, o que já está acontecendo, pois a comparação por meio de imagens de satélites do período entre 2000 e 2015 permite constatar considerável evolução.
Muitas propriedades da região não tinham árvores há 15 anos e hoje tem. A avaliação é de uma regeneração natural de mais de 50%. Além de um projeto de plantio de mudas para recuperação de APP realizado em Ibitinga, é possível observar o reflorestando natural nas propriedades que não fizeram o isolamento voluntário da sua área, mas pararam de cortar, foram abandonando as margens dos rios.
De acordo com o presidente do sindicato, Frauzo Sanches, os produtores estão conscientes do seu papel. Prova disso está no fato de mesmo a lei não exigindo eles estarem preocupados em recuperar suas áreas. “Entre os 680 associados atendidos, nenhum se absteve da preservação. Mesmo onde a lei não exige todos os produtores estão recuperando a faixa marginal de 5, 10 ou 15 metros. Todos estão assistindo os problemas decorrentes da escassez de água e estão fazendo a sua parte”, finaliza Sanches.