O município de Ibitinga possui 12 sítios arqueológicos, que foram descobertos através do Programa de Manejo Arqueológico da AES Tietê, que atua desde 2006. Por intermédio do mapeamento e monitoramento dos Sítios Arqueológicos, foi possível estudar os costumes, tradições e histórias das regiões onde os reservatórios estão inseridos. Com este trabalho, já foram identificadas 122 peças arqueológicas nas margens dos reservatórios da AES Tietê, nas bacias dos Rios Grande, Tietê e Pardo.
Essas descobertas evidenciam ocupações indígenas e históricas de grande importância para a compreensão dos modos de vida, que estão apresentadas no livro “Paisagens Culturais Paulistas – A história do Estado de São Paulo contada pela Paisagem”. Além disso, foram realizados trabalhos voltados à disseminação do conhecimento gerado para as comunidades destas localidades, por meio de oficinas de educação patrimonial.
Ibitinga e os sítios arqueológicos da região
A AES Tietê promove visitas anuais nos sítios arqueológicos. Em 2014 as visitas ocorreram em outubro. Entre os dias 16 e 21, a UHE de Ibitinga, foi monitorada. No dia 16, o sítio de Farinha Seca. No dia 17 a equipe continuou o monitoramento do entorno da UHE Ibitinga e monitorou os sítios de Pepira (Iacanga), Rancho Alegre e Passinho, ambos localizados em Bariri. Os sítios Ilha das Goiabeiras (Boraceia/SP) e Curva dos Ventos (Santelmo) foram monitorados no dia 21 de outubro.
Peça arqueológica
Em 2012, entre os dias 10 e 12 de dezembro, foram encontradas peças que comprovam a existência de povos indígenas na região. Um estudo nas margens do rio Tietê, mais precisamente na região da antiga Pousada da Cesp, permitiu que arqueólogos fizessem um laudo sobre a riqueza arqueológica da área. Todo o material encontrado nos 122 sítios são armazenados na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Preservação
Em nota, a assessoria da AES Tietê informou que os sítios arqueológicos de Ibitinga não estão registrados ou teve processo de tombamento no Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). Porém a empresa informou que os sítios estão registrados no IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e estão protegidos por lei.
A empresa ressalta que o trabalho de preservação e ações de levantamento destes bens arqueológicos são contemplados na realização de oficinas de educação patrimonial e mídias digitais, que dissemina o conhecimento gerado em oito anos de trabalho, gerando a valorização e a preservação dos sítios arqueológicos.
NA FOTO, PEÇA ARQUEOLÓGICA encontrada em Ibitinga em 2012, nas margens do rio Tietê, que provavelmente foi usada como ferramenta por alguém que viveu na região