O Ministério Público instaurou um inquérito civil para cobrar ações eficazes no combate do Aedes aegypti em Ibitinga (SP), que viveu uma epidemia de dengue em 2015. O município de mais de 53 mil habitantes teve mais de 650 casos confirmados no ano passado, o que significa uma pessoa doente a cada 88 habitantes.
Esse ano, já são quase 200 casos confirmados e mais de 900 notificados. O município vive em estado de emergência por estar perto de ter uma epidemia de dengue.
O promotor André Gândara questiona até o tipo de inseticida usado na nebulização. “A Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) poderia fornecer gratuitamente um inseticida de comprovada eficácia, mas a prefeitura comprou um inseticida que pode ser que funcione, pode ser que não. Isso também é objeto de investigação neste inquérito civil.”
A Secretaria de Saúde Ana Paula Reis justifica que uma força-tarefa está nas ruas e que até homens do Exército ajudaram nas ações nos últimos dias. “Tudo que está sendo feito no campo é aumentar essa força-tarefa que a gente acredita que vai combater efetivamente o foco que está dentro da casa do morador.”
A Prefeitura informou que a Sucen não tinha o veneno para nebulização, mas indicou a marca que deveria ser comprada e deu as instruções de como fazer a aplicação.
A Secretaria da Saúde do Estado, que faz a distribuição do veneno, informou que o Ministério da Saúde, responsável pela compra e repasse do larvicida aos estados, está atrasando a entrega, por isso algumas cidades podem ter ficado sem o produto. A equipe da TV TEM tentou contato com o Ministério da Saúde, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.
G1