No último dia 10 de junho, a Associação de Produtores Rurais de Tabatinga (APROTABA) realizou, pela terceira vez, uma venda em conjunto. Desta vez, o destino dos alimentos produzidos em Tabatinga foi Santa Catarina e participaram desta negociação 23 associados. Os produtos comercializados foram pepino, berinjela, pimentão vermelho e amarelo.
“A venda conjunta é realizada por intermédio da APROTABA, que através do levantamento da produção de seus associados, organiza e negocia um grande volume de mercadoria para atender a necessidade de um comprador, agregando valor aos produtos e conseguindo preços acima do praticado no mercado e com melhores condições na forma de pagamento”, explica o gerente da associação Carlos Vagner Aravéchia.
Segundo o gerente da associação, houve acréscimo de mercadoria negociada e produtores envolvidos nesta venda, comparado à primeira viagem, realizada em 27 de maio e a segunda viagem, que aconteceu em 03 de junho, além disso, já há mais produtores interessados em participar de futuras negociações para vendas em conjunto. Ao todo, já foram comercializados 1,8 toneladas de alimentos.
“A APROTABA, busca incessantemente novos mercados com a finalidade de firmar parcerias que melhorem o ganho de associados e já existem outras oportunidades aparecendo, que serão divulgadas à medida em que se concretizarem. Este ano houve um decréscimo na quantidade vendida através do PNAE, tendo em vista que vários produtores dos municípios que eram supridos com nossos produtos se organizaram e passaram a atender a demanda local. Esta é uma das razões que nos motiva a estar sempre em busca de parcerias e novos mercados para suprir a queda de receita dos nossos associados, que não podem ficar reféns de uma única forma de comercializar seus produtos”, afirma o presidente da APROTABA, João Robson Ribeiro.
Sobre a APROTABA
A Associação dos Produtores Rurais de Tabatinga, APROTABA foi formada no ano de 2011, por um grupo de 20 produtores que buscaram no cultivo do pimentão em estufa uma alternativa para superar a crise da citricultura. O objetivo inicial dessa união estava na multiplicação e disseminação das boas práticas e tecnologias de cultivo e a busca de melhores condições de vendas dos produtos.
Com a citricultura em crise e a cana-de-açúcar ocupando seu espaço, houve drástica queda na renda familiar, o que levou mais agricultores a produzir em ambiente protegido, forçando a diversificação e promovendo o fortalecimento da APROTABA.
Em 2014, a associação foi impulsionada pela doação em comodato do Barracão do Agronegócio, pelo poder executivo, que viabilizou a participação e a aprovação no projeto MICROBACIAS I I “Acesso ao Mercado”.
“Nesse período fomos incentivados e capacitados pelo Sindicato Rural de Ibitinga e extensão de base em Tabatinga, a participar dos programas governamentais, com destaque para o PNAE”, relembra o presidente.
Aliando a essas conquistas a transparência na realização das atividades, a associação foi conquistando maior número de associados, passando de 63 para 106 produtores, em janeiro de 2016. Todos produtores de verduras, legumes, mel e frutas, que exigem a demanda por novos mercados para atender suas necessidades e anseios. “Com o aumento do volume de vendas e a busca de melhores condições para os nossos associados, é de consenso que em um curto prazo de tempo se constitua uma cooperativa”, pontua o presidente João Robson.
Para o presidente do Sindicato Rural de Ibitinga e extensão de base em Tabatinga, Luiz Flávio Pinheiro, a realização desta terceira negociação, comprova como a união de interesses e esforços de produtores em torno do associativismo e do sindicalismo, são essenciais. “Mais esta conquista da APROTABA só confirma aquilo que o Sindicato Rural reafirma há cinquenta anos, a união dos produtores, sejam ele pequenos, médios ou grandes, é fundamental para se alcançar resultados melhores, não apenas na comercialização de seus produtos, mas também na representatividade perante os órgãos governamentais e a sociedade. Esta força criada, a partir da união, amplia a possibilidade de desenvolvimento do setor agrícola no município”, conclui Luiz Flávio.