Representantes da APAE de Ibitinga (Associação de Pais Amigos dos Excepcionais) participaram de uma manifestação pacífica em São Paulo, em prol de reconhecimento de direitos das APAEs de todo o estado. O movimento aconteceu na quarta-feira 23, na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).
Sem atualização do valor repassado pela Secretaria Estadual da Educação (SEE) desde 2014, as APAEs temem que seja necessário suspender para o próximo ano o atendimento de educação para 22,5 mil alunos com deficiência intelectual severa e autismo. Representantes de 258 APAEs, que têm convênio com o governo estadual, fizeram uma manifestação na Assembleia Legislativa para cobrar um repasse maior.
A APAE de Ibitinga esteve presente nesse movimento, com seis profissionais: Maria Cristina (Coordenadora Pedagógica, representando a Diretora Maria Luisa R. Salerno), Sérgio Godoy (Prof. Ed. Física), Bernadette Ortelan (Fonoaudióloga), Laís de Almeida (Professora), Magderlei Rodrigues (Professora) e Márcia Barella (Professora).
Segundo a Federação das Apaes do Estado (Feapaesp), o custo mé-dio mensal do atendimento especializado em educação é de R$ 800 por aluno. O valor de convênio é R$ 291,67. "O recurso sempre foi insuficiente e complementamos com a ajuda dos pais, doações, festas. Mas, em um ano de crise como o que enfrentamos, isso não vai ser possível no próximo ano", disse Cristiany de Castro, presidente da federação, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo.
As associações afirmam que, se o Estado equiparar o repasse aos parâmetros do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que é de R$ 455 mensais, já seria suficiente para aliviar as contas e garantir o convênio para 2017. Elas também reivindicaram que o Estado flexibilize os requisitos técnicos para o convênio, que encarecem ainda mais o atendimento. Segundo a Feapaesp, o governo atendeu a esse pedido. Cerca de 5.000 pessoas, segundo a organização do evento, entre Diretores, Profissionais, Pais e Alunos das APAEs, se envolveram participando da manifestação.