Um estudo divulgado no último dia 04, pela Fundação Seade (Fundação de Sistema Estadual de Análise de Dados), revelou que a taxa de mortalidade infantil no município de Ibitinga saltou de um índice de 10,4 em 2015 para 17,3 em 2016; um aumento de 66,35%. A taxa do estado é 10,9 óbitos por mil nascidos vivos, muito abaixo da taxa registrada em Ibitinga.
Os dados são do Seade, que é ligado a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo, e compilou os dados com base nos dados dos Cartórios de Registro Civil de todos os municípios paulistas.
Os números de 2017 poderão ser melhores, acredita o Interventor da Santa Casa e Maternidade de Ibitinga, Dr. Edson Fernando Inácio. “Esse ano, estamos com a campanha em relação aos recém nascidos. Na Santa Casa já foram contratados mais um pediatra, e quatro obstetras, que já estão trabalhando para reduzir estes itens”, explicou Fernando Inácio. Para ele, a possível dificuldade de contratação pode ter alavancado o índice, porém, ele não se atreve a analisar os dados referentes a administração passada.
“Fomos informados destes números pela DRS [Departamento Regional de Saúde] e essa administração está trabalhando para reduzir este índice. Através do Ambulatório da Santa Casa, contratamos um médico pediatra e mais quatro médicos obstetras, além de estarmos fazendo um melhor estudo de controle junto ao SAMS para reduzir este índice”, explicou. Ainda, Edson informou que está acontecendo palestras e treina-mentos para os funcionários da Santa Casa com mais frequência, para melhorar o acompanhamento das gestantes.
A taxa de mortalidade infantil, que relaciona as mortes ocorridas entre crianças menores de um ano com o número de nascidos vivos em determinado momento do tempo, é um dos indicadores mais utilizados para aferir as condições de vida da população, em especial aquelas relacionadas à saúde. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Taxa de Mortalidade Infantil é um dos principais indicadores das ações na área da saúde pública. Por meio dela, é possível refletir e avaliar não apenas a saúde infantil, mas as condições de vida de uma população.
Taxa de Mortalidade Infantil por Ano
2004: 07 óbitos, tx 11,2
2005: 14 óbitos, tx 21,8
2006: 13 óbitos, tx 21,3
2007: 11 óbitos, tx 17,1
2008: 05 óbitos, tx 7,5
2009: 11 óbitos, tx 16,5
2010: 18 óbitos, tx 25,4
2011: 12 óbitos, tx 19,0
2012: 10 óbitos, tx 13,9
2013: 10 óbitos, tx 11,4
2014: 09 óbitos, tx 12,2
2015: 08 óbitos, tx 10,4
2016 : 12 óbitos, tx 17,3