Alunas da FAIBI (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ibitinga) participaram do 17º Congresso Nacional de Iniciação Científica (CONIC – SEMESP), em São Paulo. As estudantes do Curso de Pedagogia, Priscila Giansante Rossi e Jéssica Asencio Figueiredo conquistaram o 6º lugar com o trabalho educacional desenvolvido com jovens infratores na cidade de Ibitinga. O trabalho das alunas ibitinguenses foi coordenado pela professora orientadora Maria Inês Miqueleto, e o congresso aconteceu nos dias 24 e 25 de novembro.
“Nós escrevemos um artigo científico, falando sobre o nosso projeto, com uma quantidade de páginas específicas, englobando as duas vertentes”, explicou Jéssica, que é formada em Matemática, sobre o uso da Língua Inglesa e da Matemática no trabalho científico. Depois de inscrito, o trabalho passou por uma primeira avaliação que é a escrita, sendo aprovado a participar da segunda fase do Congresso, a apresentação oral em formato de slides. Após essa segunda apresentação o artigo intitulado 'Conhecimento gerando autoestima para adolescentes infratores por meio da Matemática e da Língua Inglesa' que concorreu na categoria trabalhos concluídos na área de Ciências Humanas e Sociais, conquistou a 6ª colocação entre os mais de 2 mil trabalhos inscritos.
Ao todo foram inscritos 2.412 trabalhos e destes, 20% foram desclassificados já na 1ª fase. Um total de 2.099 trabalhos participou do congresso (2ª fase), e 467 na mesma categoria e área das alunas.
O projeto que gerou artigo científico
O trabalho foi inscrito relatando sobre o projeto 'Conhecimento Gerando Autoestima' aplicado em Ibitinga, na FAIBI. Uma parceira entre a faculdade e o Ministério Público do Município, permite que as alunas ministrem aulas de matemática e inglês para jovens com idade entre 12 a 17 anos, que cometeram algum tipo de ato infracional.
“Ao invés desses jovens serem encaminhados para a Fundação Casa e serem privados desse convívio social, eles têm a oportunidade de vir aqui, trabalhar com a gente e fazer uma integração”, explicou Priscila. “O intuito não é ensinar o que eles aprendem na escola, é usar esse conhecimento que eles já tem, prévio, e fazer um conhecimento com jogos, música, entre outras”, explicou Priscila Rossi.
“Esse projeto é um apoio, talvez para eles sejam motivados a frequentar a escola, pelo menos”, explicou Priscila, sobre a motivação que os jovens são 'submetidos', a voltarem a estudar. “A gente nem questionava qual era o ato infracional, em momento nenhum, sempre tratávamos eles de igual para igual”, explicou Jéssica.
Outras aprovações
O mesmo projeto, “Conhecimento Gerando Autoestima”, elaborado para a recuperação e reinserção dos jovens infratores, rendeu quatro aprovações de artigos científicos em congressos: um em São Paulo (CONIC – SEMESP), dois na Unesp Bauru (VI Congresso Brasileiro de Educação), e um na FACITA (Simpósio de Iniciação Científica da Faculdade de Itápolis) sendo o último sob orientação da professora Maristela Gallo Romanini.