De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de colo do útero atinge mais de 16 mil mulheres no Brasil por ano; o 3º tipo de câncer mais prevalente na população feminina. A doença é silenciosa e, em cerca de 35% dos casos, acaba levando à morte. A preocupação da doença aumenta quando analisado o principal causador da condição: o contágio pelo chamado papilomavírus humano -- conhecido como HPV.
Mais comum tipo de infecção sexualmente transmissível em todo o mundo, o vírus HPV atinge de forma massiva as mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida. Após o contágio, ao menos 5% delas irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos.
“A cada ano, mais de 500 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo uterino no mundo. Cerca de 300 mil óbitos ao ano são atribuídos a essa doença prevenível. Aproximadamente 90% dos casos ocorrem em países pobres ou emergentes, sobretudo por estratégias de implementação vacinal e programas de astreio populacional inadequados”, revelou Michelle Samora, oncologista do Grupo Oncoclínicas, por meio da sua assessoria de imprensa.
Segundo a médica, esse tipo de infecção genital é muito frequente, o que pode ocasionar alterações celulares no corpo da mulher, evoluindo para um tumor maligno. “A vacinação contra o HPV representa a melhor forma de prevenção primária. Ela resulta numa resposta imune 10 vezes mais eficiente que a viral”, explicou.