Um incêndio ocorrido no dia 19, por volta das 13 hs, e ainda sem causa identificada, destruiu cerca de 59 hectares na CESP, entre vegetação (30,08 hec), Área de Preservação Ambiental, (15,32 hec), e canavial (13,97 hec.)
Segundo o 2º Sargento PM Salomão Carvalhais Santos, do 9º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Ibitinga, o restaurante foi todo destruído (2.250 m²), parte do vestiário e sauna, parte da recepção e dos apartamentos e a lavanderia em sua totalidade. Das 35 casas apenas 3 foram danificados parcialmente. Segundo o corpo de bombeiros, ao todo foram totalmente destruídos pelas chamas 2.828 m² de edificações, dos 4.372 m² de área atingidas pelo fogo. A antiga pousada da CESP (Companhia Energética de São Paulo), de aproximadamente 40 alqueires, está desativada, e foi adquirida pelo grupo AES Tietê, que possui diversas usinas hidrelétricas em todo o Estado.
Causas do incêndio
De acordo com informações dos bombeiros, dois fatores contribuíram para a ocorrência do sinistro: a prolongada estiagem, e as fortes rajadas de vento da sexta-feira 19. “Uma bituca de cigarro pode ter sido uma das possíveis causas do acidente, que aliada à forte ventania colaborou para a rápida propagação do fogo no mato seco”, afirmou o sargento Carvalhais.
Incêndios simultâneos
Ainda para piorar, dois incêndios de grande porte aconteceram simultaneamente. Às 11:20h, os bombeiros foram acionados para combater o incêndio em uma área rural próxima à estrada da Laranja Azeda, que começou no trevo da cidade e se estendeu até a estrada Laranja Azeda. O incêndio durou até às 14:28h, e ainda foi preciso da ajuda do caminhão pipa das usinas Malosso e Itaquerê. Enquanto isso, às 13:00 hs os bombeiros também foram acionados para combater o incêndio da CESP, e devido a isso, tiveram que dividir o efetivo na duas ocorrências.
Segundo os Bombeiros, uma viatura ficou na estrada Laranja Azeda com 5 homens sendo auxiliados por caminhões-pipa da usina Itaquerê, e a outra viatura foi até a CESP. Lá foram usados de imediato 1.800 litros de água, depois caminhões-pipa da prefeitura e das usinas locais auxiliaram os bombeiros no combate às chamas consumindo um total de 80 metros cúbicos de água (80.000 mil litros). Para o sargento outro fator poderia ajudar a controlar o fogo com mais rapidez. “No local não tem hidrante, o que dificulta o serviço quando acaba a água, pois dependemos apenas das viaturas de apoio e caminhões-pipa ”, explica Carvalhais.
Efetivo
Ao todo combateram o fogo, 13 homens, que num segundo momento foram auxiliados pela equipe que havia finalizado o primeiro incêndio. Devido ao extenso prolongamento da ocorrência, que só teve fim aproximadamente às 21:00h, os bombeiros mais cansados foram sendo substituídos conforme o Plano de Chamada era implantado, sendo convocados homens de folga em caráter de urgência. “Mesmo com todas as dificuldades que surgiram, ainda assim conseguimos controlar o fogo evitando maiores danos, pois caso contrário a situação poderia ter sido bem pior”, explica o sargento.