O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou hoje (22) o adiamento da retomada das aulas presenciais na rede estadual para o dia 8 de fevereiro. A volta estava programada para uma semana antes, no dia 1º de fevereiro.
Escolas particulares continuarão autorizadas a retomar suas atividades presenciais na primeira semana de fevereiro. A abertura das escolas, no entanto, depende de decisões das prefeituras.
O adiamento da retomada das aulas presenciais acontece junto ao anúncio de diversas medidas de enfrentamento à COVID-19. Os números de casos, internações e mortes não param de crescer.
Hoje, a equipe de Doria anunciou a regressão da capital paulista da fase amarela para a laranja no Plano São Paulo. Outras seis regiões passarão, a partir de segunda (25), para a fase vermelha, que só permite a abertura de serviços essenciais.
Obrigatoriedade da presença dos alunos suspensa
O Governador João Doria também afirmou que será suspensa a obrigatoriedade da presença dos alunos nas salas de aula enquanto o estado estiver nas fases laranja ou vermelha, as mais restritivas do Plano São Paulo. Antes, pelo menos um terço da carga horária deveria ser cumprido de forma presencial pelos estudantes, mesmo nessas fases da pandemia. "O que tiramos foi obrigatoriedade de enviar alunos às escolas nas fases laranja e vermelha. Quando chegar na [fase] amarela, a situação é outra", disse o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares.
“Se a família não quiser mandar presencial na fase vermelha ou laranja, ela estará autorizada a permanecer no online. Mas a escola pode e deve abrir para receber os alunos que desejam [voltar ao ensino presencial]." Rossieli Soares, secretário estadual da Educação.
Apesar do adiamento, as escolas estarão abertas a partir de 1º de fevereiro, de acordo com o governo do estado, para receber os alunos mais vulneráveis. Além disso, a primeira semana de fevereiro será dedicada para reforçar a formação dos professores e a comunicação com as famílias sobre os protocolos de retorno.
Rodízio de alunos e limite da capacidade
A retomada presencial deve acontecer com rodízio de alunos e limite de 35% de ocupação nas escolas. No fim do ano passado, a gestão Doria anunciou uma mudança nos critérios de reabertura das escolas para permitir que colégios públicos e particulares recebam seus alunos presencialmente até mesmo na pior fase da pandemia.