Fundamental para a logística e o transporte de cargas no país, a Hidrovia Tietê-Paraná movimentou, apesar da pandemia da Covid-19, 2,1 milhões de toneladas de cargas em todo ano de 2020. Os principais produtos foram soja (600 mil toneladas), milho (650 mil toneladas) e cana-de-açúcar (600 mil toneladas). Em 2019, a movimentação foi de 2,5 milhões de toneladas.
O balanço foi divulgado pelo Departamento Hidroviário (DH), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Logística e Transportes, e refere-se ao trecho localizado apenas no Estado de São Paulo. A expectativa, de acordo com a Secretaria, é de que o movimento seja maior em 2021, com crescimento de 10 a 15% em relação ao que foi transportado no ano de 2019.
"Os números positivos são resultados das ações do Governo Paulista para ampliar a participação da hidrovia no escoamento da produção nacional. Para isso, estamos promovendo a integração de todos os meios de transporte, e contamos com um Plano Diretor para a Hidrovia Tietê-Paraná", conta o secretário de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto.
O DH explica que, para dar continuidade ao crescimento das movimentações e agilidade no transporte de cargas, está investindo em obras de desassoreamento, derrocamento, ampliação de vãos de pontes, manutenção e implantação de sinalização náutica. Uma das ações em andamento são as obras para implantação do canal de montante da eclusa de Ibitinga, com investimento de quase R$ 10 milhões.
Ainda na Hidrovia Tietê-Paraná, estão sendo realizados estudos para o início das obras do Canal de Nova Avanhandava e também de proteção da ponte na rodovia SP-333, com investimento total de R$ 350 milhões. Já os detalhes do Plano Diretor da hidrovia deverão ser revelados em breve pela Secretaria.
Hidrovia Tietê-Paraná
A Hidrovia Tietê-Paraná integra grande sistema de transporte multimodal, apresentando-se como alternativa de corredor de exportação e conectando seis dos maiores estados produtores de grãos: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. As principais cargas transportadas são milho, soja, óleo, madeira, carvão, cana de açúcar e adubo.
"O transporte hidroviário, além de ser sustentável para o meio ambiente, é cerca de 30% mais barato se comparado ao ferroviário e 50% mais em conta na comparação com o rodoviário", ressalta José Reis, superintendente do Departamento Hidroviário.
Fonte: JcNet