O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (19) que o estado terá nova flexibilização da quarentena contra o coronavírus a partir do dia 1º de junho, com ampliação do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais até 22h.
O estado de São Paulo está, desde 18 de abril, na chamada “fase de transição” do Plano São Paulo, que regula o funcionamento dos setores da economia.
Esta fase, criada para representar uma etapa transitória da fase emergencial, a mais rigorosa da quarentena, não considera os índices da pandemia no estado, e foi flexibilizada em diversas ocasiões. Se os indicadores fossem analisados, a maior parte da população do estado estaria na chamada fase vermelha.
No dia 7 de maio, a gestão João Doria (PSDB) já havia relaxado as regras para permitir funcionamento de comércio e serviços até 21he a capacidade dos estabelecimentos para 30% de ocupação.
Indicadores da epidemia
O estado de São Paulo chegou nesta quarta-feira (19) ao total de 105.852 mortes por Covid-19 e 3.129.412 casos confirmados da doença.
A média móvel de novas mortes, que considera os registros dos últimos sete dias, é de 499 óbitos diários nesta quarta. O valor é 10% menor do que o registrado há 14 dias, o que para os especialistas indica tendência de estabilidade da epidemia.
Embora a média móvel de mortes esteja menor que a registrada no pico da doença de abril, o valor ainda é muito superior ao registrado no pior momento de 2020, quando a maior média móvel foi de 289. O estado continua com número de mortes estabilizado em patamar considerado muito alto.
O número de novas internações pela doença também parou de cair, o que pode indicar novo aumento de mortes nos próximos dias.
A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em toda a rede hospitalar são de 79% no estado e 76,9% na Grande São Paulo. Levantamento realizado em hospitais privados, no entanto, já aponta ocupação acima de 80% na rede privada.