No último dia 22, o vice-prefeito Frauzo Ruiz Sanches, esteve na Câmara de Vereadores. Sanchez, que é o atual gestor executivo do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), explicou sobre a situação da autarquia; inclusive financeira.

 Após a apresentação de gráficos, Frauzo relatou que, 52% da produção de água em Ibitinga, não é medida, por medidores; ou seja, é produzida mas acaba perdida em vazamentos da rede, ou sendo consumida em prédios públicos que não passam por medição de consumo. Frauzo afirmou que existe um projeto de lei na Câmara de Vereadores, que está para ser votado, e poderá disciplinar a questão de imóveis sem hidrômetros e o consumo de água em prédios públicos. 

   Ainda, o gestor explicou que a política de cortes em imóveis inadimplentes, é importante para 'levantar' o financeira da autarquia. 

 Neste ponto, em 2020, uma recomendação do Ministério Público sugeriu que os cortes de água fossem suspensos em Ibitinga, devido a manutenção de limpeza das pessoas, durante a pandemia, agravaria a saúde a população.  Sem citar o MP, o vereador Marco Fonseca afirmou - “é que se acataram uma determinada recomendação, deixaram de cortar água e se acumulou os valores. Tá aí o que é a dívida do SAAE hoje. Cuja a dívida deve ser suprida pela chefe do Poder Executivo e não pelo SAAE”, argumentou. Para Marco, a prefeitura deve pagar essa conta, já que o SAAE sempre foi autossustentável, e ficou nessa situação, de dois ou três anos pra cá.

 Estação de Tratamento

   Sobre a ETE, Frauzo explicou que o esgoto segue por tubulação, por gravidade, até um entroncamento no Jd. Ipê. Lá, uma bomba elétrica tem que mandar os dejetos até a estação, que fica às margens da rodovia entre Ibitinga e Tabatinga. Em setembro de 2021 esta bomba, avaliada em R$ 500 mil, queimou, e com o aval dos vereadores foi aprovada a reforma da mesma, por R$ 140 mil; porém a empresa que venceu a licitação não conseguiu cumprir o combinado. Frauzo não mencionou uma data para reestabelecer os serviços.

Poços

  Frauzo explicou que Ibitinga foi contemplada, recentemente, com dois Poços de captação de água, pelo Governo do Estado, e que quando instalados, irá ajudar na falta de água e que ainda, se instalados próximos aos locais de consumo, ajudará na redução de consumo de energia elétrica do SAAE.

Energia

   Frauzo explicou que a USP (Universidade de São Paulo) realizou um estudo e confeccionou um projeto de produção de energia solar para o SAAE. Ainda, Frauzo explicou eu até o final  deste mês, a CPFL deve emitir a decisão se aceita a produção de energia própria, ou não, porém, apenas 50% do consumo seria previsto neste projeto, devido a falta de uma área, de 18 hectares para a implantação de placas solares. Segundo Ruiz, Ibitinga conseguiu uma área de apenas 8 hectares. Além do custo da folha de pagamentos dos servidores, a conta de energia é o segundo maior gasto do SAAE. 

   No ano passado, os vereadores aprovaram um parcelamento de todas as dívidas com a CPFL, e na Câmara, Frauzo disse que este pagamento do parcelamento, em 2021 foi honrado em dia.