A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (05) reajuste médio de 13,80% para os consumidores residenciais atendidos pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Paulista), distribuidora de Campinas (SP) que atende cerca de 4,7 milhões de unidades consumidoras em 234 cidades.
Os valores foram aprovados durante reunião da diretoria colegiada da agência. Os novos índices entram em vigor na sexta-feira (08).
Considerando todos os tipos de consumidores, o reajuste médio da CPFL Energia será de 14,97%, sendo:
-13,80% para consumidores residenciais;
-16,42% para consumidores de alta tensão; e
-14,24% para os consumidores de baixa tensão, como pequenos negócios, exceto os clientes residenciais.
A alta de dois dígitos na conta de luz foi influenciada, principalmente, pelos encargos setoriais e pelos custos para comprar e distribuir energia. No ano passado, o país passou por uma crise energética que elevou o custo para produzir energia.
Em 2021
Em abril de 2021, a Aneel aprovou o reajuste tarifário anual que foi aplicado aos clientes dos 234 municípios do interior de São Paulo que a CPFL atende.
Na época, a tarifa teve um aumento médio de 8,64% para os clientes do grupo B, conectados na baixa tensão (residências, indústrias e comércios de pequeno porte) e um aumento médio de 9,60% para os consumidores ligados à alta tensão (indústrias e comércios de grande porte). O reajuste passou a valer a partir do dia 22 de abril de 2021.
A Agência explicou ainda que "para o cálculo das tarifas, a Aneel considera a atualização de custos com a compra de energia dos geradores, com sistema de transmissão e com a distribuição da energia elétrica, assim como com os encargos setoriais, conforme regras estabelecidas para o todas as empresas do setor".
Outra justificativa informada no ano passado era uma comparação dos últimos dez anos que, de acordo com a Aneel, mostrava que a tarifa de energia residencial da CPFL Paulista teve reajustes abaixo da inflação acumulada no período. "A tarifa residencial variou cerca de 32% abaixo da variação do IGP-M (Índice Geral de Preço Mercado) no mesmo período, mesmo considerando o reajuste aprovado".
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