Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Um em cada dez idosos gripados não resiste e morre, diz pesquisa
Quase metade dos aposentados de Araraquara não toma vacina para prevenir doença, maioria por medo de efeitos colaterais

Um em cada dez idosos que contraíram gripe em Araraquara entre os anos de 2006 e 2011 não resistiu à doença e morreu, segundo uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O mesmo estudo mostra que, em cinco anos, a morte de homens com mais de 60 anos por pneumonia aumentou 87%. Já entre as mulheres idosas, o aumento representa 34%. 

A pesquisa foi liderada pelo médico sanitarista e professor Rodolpho Telarolli Júnior e aponta ainda que a vacina contra a gripe é a principal defesa da população com mais de 60 anos.

"Eu tomo a vacina religiosamente. Na minha opinião, foi a melhor coisa que inventaram para a nossa idade", diz Valdir José Boreli, de 72 anos. José Rocha, 63, concorda. "Se tem uma coisa que a rede pública de saúde fez de bom para nós foi a vacinação."

A dupla afirma que, graças à imunização, dificilmente falta ao truco diário na Praça do São José, na Região Sudoeste da cidade. "Desde que tomo a vacina, minha resistência melhorou", completa Boreli.

Mas há quem ainda resista à vacinação, como Manoel Garcia. "Quando tomava a vacina, ficava pior do que hoje que não tomo", diz, referindo-se aos efeitos colaterais.

"Na verdade, há um preconceito, um medo. Porque a vacina, comprovadamente, não provoca reações sérias e, além disso, é muito eficaz", explica Telarolli Júnior.
Mas a recusa é uma tendência, segundo a pesquisa. Há seis anos, 69,7% dos idosos da cidade receberam a vacina, enquanto apenas 52% foram imunizados em 2010. No ano passado, o número teve leve aumento e foi a 56,4%. No Estado, chegou a 80%. 

Hoje, a cidade tem 30 mil idosos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E a função da pesquisa é ampliar o número de vacinados. "A rede pública pode ter todos os defeitos, mas essa campanha funciona. Todos os idosos deveriam tomar a vacina regularmente", reforça o médico.

Fonte:Tribuna Impressa.

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