O esgoto carreado pelos rios das bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e do Alto Tietê é a principal causa da proliferação de aguapés no reservatório de Barra Bonita, informou ontem a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A planta aquática cobre grandes extensões da represa formada pela barragem do Rio Tietê e prejudica as atividades de pesca e do turismo fluvial. De acordo com a Cetesb, os esgotos não tratados são fontes de nutrientes como nitrogênio e fósforo, responsáveis pela floração de algas e desenvolvimento massivo de plantas aquáticas como o aguapé.
Em Ibitinga e Bariri, o problema também ocorre. Com o calor intenso a proliferação aumenta, o que atrapalha a navegação. Com a escassez das chuvas no ano passado, o sis-tema hidroviário do rio ficou em alerta por dois motivos: baixo nível do leito do rio, e ainda a proliferação dos aguapés. Em Ibitinga a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETA), que será inaugurada talvez este ano, amenizará o problema.
Água de péssima qualidade
Análises de amostras colhidas em novembro de 2014 em quatro pontos do reservatório de Barra Bonita, indicaram o Índice de Qualidade da Água para Proteção da Vida (IVA) variando entre ruim e péssimo. O índice indica que a qualidade da água está no limite para manter vivos os peixes. Um dos fatores que influenciaram o IVA foi a alta concentração de nitrogênio e fósforo provenientes dos rios formadores da represa: o Tietê e o Piracicaba. Segundo a Cetesb, esses rios e alguns de seus afluentes ainda têm déficit em seus sistemas de tratamento de esgotos domésticos. (Com informações do Jornal da Cidade de Bauru).