Dos candidatos a Governadores, o que nos interessa, mais de perto, são os do Estado de São Paulo. No Escudo do Estado de São Paulo, há uma inscrição em latim, “PRO BRASILIA FIANT EXIMIA" ("Pelo Brasil, faça-se o melhor") gravado em prata sobre faixa de esmalte. São Paulo, sem dúvida, é um dos Estados mais importantes da Federação, pela sua atividade econômica. Portanto, ao elegermos quem vai governar São Paulo, não é pouca coisa, posto que, não podemos errar no voto.
Nas próximas eleições, inscreveram-se como candidatos ao Governo de São Paulo, doze candidatos (caso não ocorram impugnações). Escolha o seu candidato, pense no que é melhor para São Paulo e o Brasil.
O major do Exército Adriano da Costa e Silva, candidato do Democracia Cristã. Nas forças armadas há 24 anos, o militar já foi professor universitário e instrutor no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) de São Paulo. Oficialmente, o candidato a vice na chapa é Humberto Alencar. A sigla, no entanto, afirma que o nome será alterado para a cabo Fátima Pérola Negra.
Cláudio Fernando Aguiar (PMN), professor, candidato pelo PMN. Sua campanha também cumprirá a função de abrir um palanque para a presidenciável Marina Silva em São Paulo. O vice na chapa é Roberto Campos, da Rede.
Edson Dorta (PCO), candidato pelo PCO. Natural de Campinas, ele é formado em direito e trabalha nos Correios desde 1994. Com atuação no movimento sindical, Dorta foi candidato a vice-presidente pelo PCO em 2010. A candidata a vice-governadora será Lilian Miranda, professora da rede pública.
João Doria (PSDB), candidato pelos PSDB. O tucano, que renunciou ao cargo de prefeito da capital para disputar o Palácio dos Bandeirantes, contará com o apoio do PRB de Celso Russomanno, do PP, do PSD e do PTC. O DEM, do candidato a vice Rodrigo Garcia, também está na coligação.
Lisete Arelaro (PSOL), pedagoga, candidata pelo PSOL. Ex-diretora da Faculdade de Educação da USP, onde atualmente é professora titular, Lisete é militante feminista e defensora das cotas universitárias. Duas vezes secretária de Educação de Diadema (SP), a pedagoga integrou a equipe de Paulo Freire na Secretaria da cidade de São Paulo durante a gestão de Luiza Erundina no início dos anos 90. O vice na chapa será Maurício Costa, também filiado ao PSOL. O partido fará aliança com o PCB nas eleições 2018.
Luiz Marinho (PT), ex-prefeito de São Bernardo do Campo será o candidato do PT. A vice de Marinho será a psicóloga Ana Bock, também do PT.
Marcelo Cândido (PDT), candidato do PDT, ex-prefeito de Suzano. O anúncio da candidatura aconteceu depois que o partido rompeu o acordo que já havia fechado com Márcio França. A sigla esperava ter a vaga de vice na chapa para reeleição do governador. Gleides Sodré, presidente da Associação Mulher Trabalhista (AMT), será a candidata a vice.
Márcio França (PSB), atual governador de São Paulo, que herdou o cargo do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), será candidato pelo PSB. Prefeito de São Vicente (SP) por dois mandatos, Márcio França foi eleito deputado federal em 2006 e permaneceu na Câmara até 2014.
O governador aposta na articulação política para se tornar mais conhecido entre o eleitorado. Com quatorze partidos na coligação – PSB, PTB, PPS, PR, PV, PROS, Patriota, Podemos, Solidariedade, PHS, PPL, PSC, PMB e PRP -, França terá o segundo maior tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral. A vice na chapa é a coronel Eliane Nikoluk (PTB), primeira mulher a comandar a PM no Vale do Paraíba.
Paulo Skaf (MDB), candidato do MDB. Skaf é presidente licenciado da Fiesp não só é o único concorrente das eleições 2018 que já disputou o cargo como cabeça de chapa, mas ficou em segundo lugar em 2014 e quarto lugar em 2010. A candidata a vice de Skaf é a tenente coronel da PM Carla Danielle Basson.
Rodrigo Tavares (PRTB), advogado, 37 anos, é o candidato do PRTB. O candidato a vice no partido de Levy Fidelix é Jairo Glikson.
Rogério Chequer (NOVO), canaidato pelo Partido Novo. Ex-líder do Vem Pra Rua (VPR), movimento que protagonizou as manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Chequer deixou o grupo e se filiou ao Partido Novo no final do ano passado. A privatização de empresas estatais é uma de suas principais plataformas políticas. A candidata a vice de Chequer será Andrea Menezes, também integrante do Novo.
Toninho Ferreira (PSTU), advogado, candidato pelo PSTU. Ex-metalúrgico, ele foi dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e atuou na defesa dos moradores do Pinheirinho, também na região, em 2012. A candidata a vice será a professora Ariana Gonçalves.
As pesquisas eleitorais não têm feito acertos precisos nos últimos pleitos eleitorais. A pesquisa, qualquer dela, reflete uma fotografia do momento. Além dessa questão há, nessa eleição outro fator, além da propaganda gratuita do rádio e televisão, a divulgação do candidato pelas mídias sociais. Os cientistas políticos ainda não conseguem, mesmo em países estrangeiros, se a propaganda pela internet consegue bons resultados, a ponto de eleger determinado candidato.
Todavia, no dia 20 passado, o IBOPE divulgou sua pesquisa para o Governo de São Paulo. O Ibope entrevistou 1.204 pessoas em 66 municípios do estado de São Paulo entre os dias 17 e 19 de agosto. A pesquisa foi contratada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e pela TV Globo, e registrada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, com o número SP-00450/2018.
João Doria (PSDB) – 20%. Paulo Skaf (MDB) – 18%. Márcio França (PSB) – 5%. Luiz Marinho (PT) – 4%. Outros – 9%. Brancos e Nulos – 29%. Indecisos 15%. A maior rejeição é atribuída a João Doria com 35%. E a menor, entre os que pontuaram até 4%, é de Márcio França, com 11%.
Olhe que os brancos e nulos vencem a eleição. Por isso, insisto sempre: vamos votar, seja qual for o seu candidato.