Passa no débito
O vice-prefeito Frauzo Ruiz Sanches, e o atual gestor executivo do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), esteve na Câmara de Vereadores, na última Sessão Legislativa, da terça-feira (22), para explicar os déficits financeiros que rondam o SAAE.
Gastos
Frauzo apresentou o grupo de despesas do SAAE, que segundo Frauzo, não segue o índice do IPCA. No caso de gastos com energia elétrica, Frauzo explicou que a companhia apresentou índice com reajuste maior que o IPCA, alegando que foi necessário investimentos e melhorias para captação e distribuição de energia.
Preocupação
“A companhia apresenta um índice, que às vezes apresenta um índice muito superior ao IPCA em um ano, e por isso que a energia vem crescendo em uma taxa muito maior que a inflação, nos preocupando e muito”, explicou Frauzo, sobre o aumento nas contas de energia do SAAE. “Além disso, nos anos de seca, como aconteceu este ano, mudam-se as bandeiras, aí o valor dispara. Essa dispensa tem que ser equacionada”, disse.
Dívidas
Frauzo, também relatou as dívidas do SAAE, que foram renegociadas, com ao aval dos vereadores. “Esse ano que passou, o SAAE conseguiu arcar com as mensalidades?”, questionou o vereador Richard Porto de Rosa (PSDB). Frauzo respondeu que “em 2021 fecharam tudo em dia”, mas lembrou que a previsão de arrecadação do município, em janeiro, ficou abaixo em R$ 500 mil do previsto. A população não está pagando as contas de água.
Custos
O vereador Fernando Inácio questionou, se a dívida, em torno de R$ 600 mil reais por mês, com uma dívida da CPFL, além da folha de pagamento, poderia ser sanada com uma geração de energia própria, e se a CPFL poderia concluir tal usina geradora de energia fotovoltaica.
Energia do Sol
Frauzo explicou que a atual administração, conseguiu ganhar, gratuitamente, um projeto de energia solar, elaborado pelo USP (Universidade de São Paulo). “Graças a um pedido nosso junto a reitoria, que conseguimos aprovar, e a USP, fez o projeto. Inicialmente o projeto era para 18 hectares, para ter 100 % energia para o SAAE, infelizmente nós não conseguimos uma área de 18 hectares disponível no munícipio.”, explicou Frauzo. Segundo o gestor, a administração só conseguiu a disponibilidade e de 8 hectares. “Se for aprovado pela CPFL, só conseguimos aprovar a metade que nós consumimos de energia”, explicou Frauzo.
Estação
Fernando questionou sobre a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto). Frauzo explicou que a bomba da estação de elevação quebrou, em setembro do ano passado e que uma bomba nova custava mais de R$ 500 mil reais, porém, a reforma ficaria R$ 140 mil, e que na época teve o apoio da Câmara de Vereadores. Só que a empresa que venceu a licitação, não conseguiu prestar o serviço de reforma.
Poços
Outra questão para reduzir o déficit de energia, seria a implantação de poços, próximos dos locais de consumo, reduzindo a necessidade de levar a água produzida em por longas distâncias, por baixo do solo, o que gera consumo de energia, por causa da bombas, somados a dificuldade de desnível de solo. Frauzo lembrou que Ibitinga já foi beneficiada pela contemplação de dois (02) poços captação de água, o que poderá, beneficiar a cidade, em abastecimento.
Segredo
O vereador Marco Fonseca explicou que resta saber o valor da dívida ativa do SAAE. “O SAAE sempre foi subsistente”, comentou Marco Fonseca, sobre os valores, dos cofres, do próprio SAAE, relatando que na gestão dele, construiu sede própria e ainda, trocou a frota.
Desmantelou
“O que aconteceu e se está criando um embaraço, é que se acataram uma determinada recomendação, deixaram de cortar água e se acumulou os valores. Tá aí o que é a dívida do SAAE hoje. Cuja a dívida deve ser suprida pela chefe do Poder Executivo e não pelo SAAE”, explicou Marcos. “O poder público é responsável”, argumentou. Para ele, a prefeitura deve arcar com toda a falta de dinheiro que o SAAE possa estar passando.
SAAE sempre teve dinheiro
“Sou contra aumento, sou contra privatização, sou contra empréstimo, porque a prefeitura tem que assumir os seus erros”, explicou Marco Fonseca, explicando que o SAAE, deve voltar a ser subsistente com os recursos próprios, como, segundo Marcos, sempre foi.
Estancar o problema
Marco Fonseca explicou que a Prefeitura tem um superávit de arrecadação e pode suportar a dívida do SAAE. “Quanto mais tempo o SAAE continuar trabalhando no vermelho... não se chegar a um denominador comum, junto ao Executivo para o SAAE, novamente se tornar subsistente, coisa que era a dois três anos atrás, não de quarenta, pra trás... disse Marco. “O SAAE se tornou inoperante a muito pouco tempo. Então, vamos começar a resolver os problemas”, disse Marco. “Privatização, um absurdo, explicou.