Ibitinga, Terça, 03 de Dezembro de 2024
Reformas Necessárias

  Não se fala noutra coisa. Reforma da Previdência. Reforma Política. Reforma Fiscal. Toda reforma não fica boa, fica capenga. E vão fazendo um puxadinho aqui, outro acola, outro lá. E nós vamos pagando a conta. Desde que passamos a ter a Constituição de 1988, chamada e sempre lembrada da “Constituição Cidadã”, passamos a ter mais direitos do que deveres.

  O Estado que é mastodôntico, inchado, lerdo em arrecadar e proficiente na gastança, vai concedendo benefícios, não cuida de sua legislação tributária, para poder fazer justiça fiscal, não cuida de ser célere na fiscalização e nas medidas legais protetivas de seu crédito. Joga, depois para o Judiciário, assoberbado e, como um dos Poderes, também, moroso em prolatar a decisão final.

  Antes da Constituição de 1988 não havia o Superior Tribunal de Justiça. Os Constituintes o criaram porque aceleraria a justiça. Mais uma Instância, com 33 Ministros, uma estrutura gigantesca, que muda sua jurisprudência, como o vento nordestino para tocar aquelas pás de energia eólica. Os tribunais Regionais, Federal, dos Estados e do Distrito Federal, hora seguem uma corrente. Noutro caso vão em outra direção. É a tal da insegurança jurídica das pessoas físicas e jurídicas, especialmente destas que desejam um ambiente seguro para o seu investimento e geração de empregos.

   Como democrata que sou, acho que as coisas têm que serem resolvidas num bom debate, entre o Executivo e Legislativo, dentro dos parâmetros da civilidade e legalidade, arcando cada um dos membros dos legislativos, com suas responsabilidades (não pensando nos futuros votos). Mas está difícil. Vamos ver o que ocorrerá depois da nova legislatura Congressual. Estou com esperança e otimista. Os mercados, também. O que vale, todavia, é o emprego, comida na mesa, saúde de primeira, segurança pública e educação.

  Por falar em educação, acho eu, que a melhor Reforma de todas as Reformas, deve começar em nossas casas. A educação que falta mesmo, é a caseira (remédio caseiro). Hoje, os pais estão “sem tempo” para os filhos; os filhos, sem tempo para os pais e, todos estão sem tempo para a família. Conversam muito no WhatsApp, no Facebook, assistem aquelas porcarias das novelas, doutra droga esse tal BBB e, a prosa vai ficando. Fica tanto, que estamos emudecidos. Mesmo nos jornais televisivos, que só noticiam as desgraças do mundo e do Brasil, ficamos atônitos e não dialogamos.

   Não se fala e, caso fale, são poucos, sobre drogas. Antes dos dezoito, alguns pais já querem ensinar o filho a dirigir, achando que estão ensinando. Estão errando, completamente. Começam, desde cedo a ensinar o errado (não o guiar) mas, o que a lei não permite. São coniventes com o “ele só bebe em casa”, desde que tinha 14 anos. Ah! E agora, chega embriagado todos as noites e você quer dar a maior bronca no pimpolho ou na pimpolha. Quem foi o culpado dessa história?

  Quando fiz faculdade (e fiz boa), o casamento era uma “Instituição Familiar”, indissolúvel. Evidente que a humanidade caminha, tem seu rumo e, há muito desejavam alguns o divórcio, que veio meio capenga, com um Projeto do Senador Nelson Carneiro. 

  O divórcio não conseguia ser aprovado porque dizia os antagonistas, que ele seria o fim dessa “Instituição Familiar” e que o casamento passaria a ser um mero contrato. Daí teria ocorrido uma degradação da família, que se deteriorou, por razões religiosas. Formaram-se outras famílias, que se interligam, muitas vezes de forma harmônica (ainda que aparentemente). Outras, se esfacelam

  Sou a favor do divórcio. O que estou dizendo que o que era chamada “célula mater da sociedade”, está deixando de ser e não há governo ou desgoverno que arruma isso. Nós é que precisamos fazer essa Reforma, Refundar a família, estreitar os laços familiares, hoje desconectados, mas, conectados com a internet e os aplicativos da informática.

  Falta amor, carinho, respeito, ordem, horário, vigilância, religião, enfim, falta a educação caseira.

  Como disseram num WhatsApp que me passaram esses dias, o primeiro “drone” que conheci foi o “chinelo da minha mãe” caçando-me. E não me alcançou, mas, voou de novo e, junto, tinha uma cinta. Hoje é proibido!!! Não, não precisa dar palmadas. Uma boa conversa resolve. Então resolve, com o Juiz da Infância e Juventude, porque está difícil. 

  Finalizando: sou a favor do divórcio, sou contra o espancamento de crianças, sou a favor de uma boa conversa. Mas, antes de tudo, precisamos fortalecer as famílias. Comecem pela religião, pela fé, pela esperança num mundo de paz e num Brasil melhor, para as futuras gerações. Nós podemos. 

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