O carnaval é a maior festa pagã do Brasil. Muitos países, que adotam a data, não têm, nem de perto, a nossa festança. Mas carnaval não é credencial para a falta de permissão.
Apoio, totalmente, o movimento das mulheres do “NÃO É NÃO!”.
Como apoio ao movimento #metoo que começou nos Estados Unidos, por conta do assédio sexual. Em português, a expressão “MeToo” seria algo como “Eu Também”. O movimento surgiu em forma de hashtag nas redes sociais, mas logo ganhou notoriedade ao ser adotado por celebridades hollywoodianas contra abusos sexuais. Movimentos esses, que visam o empoderamento, a informação e as tatuagens temporários, contra o assédio sexual das mulheres. Não tenham medo da denúncia. A sua pode ser só a primeira. Não importa a idade.
Nosso Código Penal, foi alterado muitas vezes, mas, agora em 2018, para incluir o crime de “Importunação Sexual” (art. 215-A - Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro. Pena de 1 a 5 anos, se o fato não constituir crime mais grave) - (estupro, por exemplo).
No carnaval – lamentavelmente – uns pensam que a bebida alcoólica irá terminar e desejam tomar todas, de tudo, em quatro dias de alegria, que podem se transformar em vários anos de tristeza. Devagar. A festa é pagã, mas, o Santo do andor, é de barro.
Cachaça de mais pode causar problemas, sérios. Não só para a saúde. Beber e dirigir não combinam. O Código Nacional de Trânsito, também foi alterado recentemente e, fique sabendo – se é que não sabe – que se conduzir veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência e, tiver a infelicidade de – culposamente – matar alguém a pena é de reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Portanto, melhor canja de galinha, como antigamente, após os bons bailes de carnaval, aqui da nossa terrinha. Quer dizer, por conta de alguns minutos de bebedeira, sua vida foi para o beleléu. Preste atenção – bebida alcoólica ou qualquer outra substância psicoativa (qualquer droga).
Noutros países também existe o teste de alcoolimetria – o famoso bafômetro, que mede a quantidade de álcool no sangue. A simples condução de veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, pode render a pena de detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Sabe como pode ser constatado se está com o “caco cheio”? A verificação poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia (bafômetro) ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. Sabe quanto é tolerável da concentração de álcool? – valor igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora. Isso é coisa de uma lata de cerveja.
Ah! Tem outro lance. Uma gravidez indesejada, uma doença sexualmente transmissível. Aí vai o já tradicional alerta da camisinha. O dado mais alarmante, entretanto, é que das 4.500 novas infecções pelo vírus HIV em adultos, 35% ocorreram entre jovens de 15 a 24 anos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, que já considera que há uma “epidemia entre os jovens”, de 2006 a 2015, a taxa de detecção de casos de AIDS entre jovens do sexo masculino, com 15 a 19 anos, quase que triplicou, de 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes. Já entre aqueles na faixa dos 20 aos 24 anos, o índice mais do que dobrou: de 15,9 para 33,1 casos por 100 mil habitantes.
Vamos deixar o assunto arrematado: NÃO É NÃO! Se beber ou ingerir alguma substância psicoativa, não dirija. Se obtiver o sim, e for para relação sexual, use camisinha. Mas, lembre-se: NÃO É NÃO!
Seus problemas poderão não existir ou ter, no máximo, uma bela dor de cabeça no dia seguinte. Essa dor de cabeça, vai passar. As outras, permanecerão por toda a vida.