Ibitinga, Domingo, 24 de Novembro de 2024
CAUTELA E CANJA DE GALINHA

   A “Cidade Maravilhosa”, cantada em verso e prosa, Rio de Janeiro é uma das cidades mais lindas do mundo. Uma beleza da natureza, “uma pintura” (parece a letra da música “Dona Maria”, de Thiago Brava – “Essa menina é um desenho no céu / Que Deus pintou e jogou fora o pincel”) , especialmente quando se olha do Cristo Redentor, localizado no topo do morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar, no Parque Nacional da Tijuca, é possível ter uma vista para a maior parte da cidade.

   Antes eram dois Estados, o da Guanabara (1960-1975) e o Rio de Janeiro. A capital da Guanabara era o Rio e do, Rio, Niterói.

   O Rio de Janeiro, embora lindo, é uma cidade degradada totalmente, no seu meio ambiente, especialmente por conta de sua topografia. Os morros foram, pouco a pouco, sendo ocupados, sem que o Estado, tomasse medidas efetivas, para que as encostas não fossem devastadas. O crime, pela posição privilegiada, da falta de infraestrutura básica (esgoto, saúde, segurança, etc...), foi se tornando terra de ninguém e, com isso, todo o estado, pelos desvios de conduta de seus políticos, chegou ao descalabro que hoje não sai dos noticiários, especialmente dos noticiários policiais. É lamentável. 

   Longe de qualquer comparação maléfica com o Rio de Janeiro, o município de Ibitinga, é incrivelmente lindo. Temos uma das maiores reservas hídricas, somos quase uma “ilha”. As matas estão sendo recompostas e muitas se mantiveram intactas, formando um corredor para animais silvestres, dos mais variados. 
Não é difícil ouvir conversa (que não é de pescador), de onça, cotias, pássaros das mais diversas espécies, veados. Capivara virou praga, dentre outras espécies destruidoras das lavouras (das poucas lavouras, porque a cana tomou conta, dessa terra extremamente fértil).

   Conheci a atual Av. Dr. Victor Maida, quando ainda se chamava rua Cerqueira César, época em foi Prefeito Municipal o Dr. Olderige Dall´Acqua (1956-1959 e 1966-1969). Nesse segundo mandato foram colocadas as tubulações de captação do esgoto doméstico. Só que o esgoto – até hoje – não é tratado. A Estação de Tratamento de Esgoto, ao que consta, está prestes a entrar em funcionamento. Mas os dejetos vão para o Jacaré-Guaçu. O nosso lixão, é problema sério, a ser resolvido, quem sabe com uma Cooperativa entre os municípios da região. Mas solução tem, custa caro e o cobertor do município é curto. Em arrecadação de tributos próprios, nosso município, é o pior em municípios do mesmo porte. Quando não é a pior, está em segundo ou terceiro lugar.

   Vivemos em Ibitinga, no quesito de empregabilidade, uma situação satisfatória, pelo que ouço. Há desemprego, sem dúvida (como em todo o Brasil). Mas a capacitação daqueles que estão fora do trabalho, será essencial para o retorno. Essa situação de empregabilidade na nossa cidade, sem dúvida alguma, é por conta da área têxtil. Não somos mais – somente – a “Capital Nacional do Bordado”. Somos a “Capital Nacional de Produtos Têxteis – cama, mesa, banho, teen, baby”. A versatilidade da Indústria Têxtil de Ibitinga, impressiona. As Lojas, mesmo com essa crise braba, se renovam. É uma cidade em ritmo acelerado de crescimento e que não irá parar. Nossa “Feirinha”, que se tornou queridinha.

   Temos um perímetro urbano e de expansão urbana enorme, com muitos nichos dentro do perímetro urbano, que precisam ser ocupados, de maneira mais organizada. O município aprova Projetos de Loteamentos (e deve aprovar mesmo), em locais que o transporte público deverá demorar para chegar. Os equipamentos comunitários ficam relegados para tempo muito futuro.

   Há preocupação com regularização fundiária, por conta de lei federal e municipal, sem dúvida necessária, especialmente no que toca aos ranchos, uma área extremamente agradável e bonita. Ao mesmo tempo, é preciso conciliar e isso será feito, sem dúvida, a questão da preservação de área permanente, tratamento de afluentes. Há julgados, da Justiça local, que determinou a demolição de Empreendimentos irregulares e, assim é a jurisprudência das Cortes Superiores, deste do Tribunal de Justiça de São Paulo, Superior Tribunal de Justiça e do Supremo. 

   Mas a Municipalidade, precisa permanecer sempre alerta, para os empreendimentos irregulares, coibindo-os, com ações administrativas disponíveis (embargo da obra), de imediato, para que não sejamos um Rio de irregularidades fundiárias e prestigiemos, sempre, o bom Empreendedor.

   Assim, será sempre possível termos uma sustentabilidade ambiental, que começa com o empreendimento e não onere o município. Os compradores dos futuros lotes, serão beneficiados e não terão dor de cabeça. E a paz social reinará. Cautela e canja de galinha, não faz mal à nínguem.

   Ah! Às Mães, meus mais sinceros Parabéns. Ser mãe, não só as biológicas, MÃE, é algo sublime,

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