Mário MARTINS de Almeida nasceu em São Manuel, estado de São Paulo, no dia 8/02/1907, fazendeiro (cafeicultor). Morreu aos 25 anos.
Euclides Bueno MIRAGAIA nasceu em São José dos Campos no dia 21/04/1911. Estudou na Escola de Comércio Carlos de Carvalho, trabalhava como auxiliar no Cartório de seu tio, na capital paulista. Morreu aos 21 anos.
DRÁUSIO Marcondes de Souza, nasceu na rua Bresser, na cidade de São Paulo, no dia 22/09/1917. Morreu com 14 anos de idade. Na época, o jovem Dráusio auxiliava o seu pai na farmácia da família.
Antônio Américo CAMARGO de Andrade, nasceu no dia 3/12/1901, em São Paulo. Era casado com Inaiah Teixeira de Camargo e tinha três filhos: Clesio, Yara e Hermelinda. Era de uma tradicional família de cafeicultores da região de Amparo, no interior paulista. Morreu aos 30 anos.
Além desses quatro jovens idealistas, que resultaram no movimento clandestino, da época, M.M.D.C. (sigla dos nomes), também morreu, algum tempo depois, Orlando de Oliveira Alvarenga, natural de Muzambinho (MG), nascido em 18/12/1899, a quinta vítima, baleado naquele dia no mesmo local, mas morreu meses depois. Era casado com Annita do Val, com quem teve um filho, Oscar Alvarenga. Na época de sua morte exercia na capital paulista a função de escrevente juramentado. Morreu com 32 anos.
O dia dos fatos, foi em 23 de maio de 1932. Esses jovens participaram da manifestação ocorrida na frente do prédio do Partido Popular Paulista, na rua Barão Itapetininga, Praça da República, em São Paulo. Esta organização (anteriormente denominada de "Legião Revolucionária") era encabeçada por Miguel Costa e congregava militares, políticos e ex-integrantes da Coluna Prestes, servindo como suporte político-militar para os interesses da ditadura de Getúlio Vargas, então vigente. Naquela ocasião foram esses jovens, junto com outros estudantes, alvejados a tiros pela fuzilaria dos soldados da organização que estavam posicionados nas janelas daquele prédio.
O levante começou de fato em 9 de julho de 1932 e foi precipitado após a morte desses quatro jovens por tropas getulistas, no dia 23 de maio. Após a morte desses jovens, foi organizado o movimento clandestino denominado MMDC que começou a conspirar contra o governo provisório de Vargas (Governo Federal), articulando junto com outros movimentos políticos uma revolta substancial.
Nos meses precedentes ao movimento, o ressentimento contra o presidente ganhava força indicando uma possível revolta armada e o governo provisório passou a especular a hipótese de o objetivo dos revoltosos ser a secessão de São Paulo, do Brasil. No entanto, o argumento separatista jamais foi comprovado fidedigno, porém, ainda assim esse argumento foi utilizado na propaganda do governo provisório ao longo do conflito para instigar a opinião pública do restante do país contra os paulistas, obter voluntários na ofensiva contra as tropas constitucionalistas e ganhar aliados políticos nos demais estados contra o movimento de São Paulo.
Quando o estado de São Paulo precipitou a revolta contra o governo provisório de Vargas, seus líderes tinham a expectativa da automática adesão de outros estados brasileiros, dada a solidariedade manifestada por parte das elites políticas dos estados de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e do então Mato Grosso. Assim, os políticos de São Paulo esperavam apenas um breve conflito militar com uma rápida marcha para o Rio de Janeiro, até então a capital do país, para depor Getúlio. Logo, os revoltosos não organizaram um sistema defensivo em suas fronteiras contra possíveis ofensivas militares dos estados vizinhos. No entanto, a solidariedade daqueles estados não se traduziu em apoio efetivo, e, com a espera por parte dos paulistas pelos apoios supostamente prometidos, Getúlio Vargas teve tempo de articular uma reação militar de modo a sufocar a revolução ainda nos seus estágios iniciais, obrigando o estado de São Paulo a ter de improvisar em pouco tempo um amplo sistema militar defensivo em suas fronteiras contra a ofensiva de tropas de todos os estados brasileiros, com a exceção do Mato Grosso que se tornou o único estado aliado dos paulistas. Após quase três meses de intensos combates nos quatro cantos do estado, o conflito foi encerrado em 2 de outubro de 1932 com a rendição do Exército Constitucionalista.
A Revolução de 1932 ou a Guerra Paulista, tinha como único objetivo que Getúlio Vargas formasse uma Constituinte para termos uma Nova Constituição e, não concordavam as elites, com o nome do Interventor no Estado. Queriam um Paulista.
No decorrer desses anos, foram abolidos no estado de São Paulo, o uso do nosso brasão paulistano, que foi restabelecido pela Lei Municipal 3.671, de 9 de dezembro de 1947, após ter sido suspenso, assim como outros símbolos municipais e estaduais, pelo governo federal durante o Estado Novo. A descrição do brasão foi alterada pela primeira vez pela lei municipal 8.129, de 2 de outubro de 1974, que acrescentou à descrição oito torres em relação às quatro originais, assim como duas janelas.
O dístico do Brasão da cidade de São Paulo, é, em latim: “NON DVCOR DVCO” quer dizer “Não sou conduzido, conduzo”, e valoriza a independência das ações desenvolvidas pela cidade (de São Paulo) e seu papel de liderança no estado e no país.
O Brasão do estado de São Paulo, foi instituído por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, pelo Decreto nº 5.656, assinado pelo governador Pedro Manuel de Toledo, em agosto do mesmo ano.
Criado pelo pintor Wasth Rodrigues, foi símbolo da campanha "Ouro para o Bem de São Paulo".
O dístico desse Brasão Estadual é (também em latim): “PRO BRASILIA FIANT EXIMIA” – “Pelo Brasil, faça-se o melhor”. Ainda não aprenderam com a Revolução de 32.
Por isso temos as Avenidas “23 de maio” e as “9 de julho”, datas importantes para a cidade e o estado de São Paulo.