Sir Winston Churchill, foi primeiro-ministro britânico por duas vezes (1940-1945 e 1951-1955). Orador e estadista notável. Ele é o único primeiro-ministro britânico a ter recebido o Prêmio Nobel de Literatura e a cidadania honorária dos Estados Unidos.
Amplamente considerado como um dos homens mais significativos da História do Reino Unido e uma das figuras mais importantes do século XX, Churchill continua a ser popular no Reino Unido e no mundo ocidental, onde é visto como um líder extremamente inteligente que levou a vitória do Reino Unido e dos países aliados na Segunda Guerra Mundial e desempenhou um papel fundamental no combate ao fascismo europeu. Elogiado por seus diversos livros escritos entre eles, Memórias da Segunda Guerra Mundial, que o levou a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Porém também foi fortemente criticado por seus opositores devido a seus comentários imperialistas sobre a raça, bem como a sua aprovação de violações de direitos humanos na supressão de movimentos que procuravam se voltar contra o Reino Unido, como no caso da independência da Índia. Em 2002 foi eleito pela BBC, o maior britânico de todos os tempos.
Escreveu Churchill: “A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações.”
Estadista, na concepção formal é aquele que – ao pensar em gerações futuras – procura a elaboração de políticas públicas eficientes e que irão, certamente, beneficiar as gerações que virão.
O Demagogo – e em ambos os casos estou falando de político – é aquele que pensa na próxima eleição, portanto é o chamado político de ocasião, com pensamento curto e que acaba levando a sua Administração, normalmente, a alta índice de popularidade, acabando com as contas pública e nada de políticas públicas.
Conheci o Dr. Oderige Dall´Acqua, médico sanitarista e que foi Prefeito em dois períodos (1956-1959, 1966-1969). Além de grande médico e pai de família exemplar, como político, a meu sentir, atuou como um estadista e não um demagogo. Claro que não vou compará-lo ao Churchill, porque não é o caso.
Lembro-me perfeitamente, no seu segundo mandato, quando a rua Cerqueira César, atual Dr. Victor Maida, foi tomada pelas máquinas, picaretas e colocação de manilhas de barro, para a captação do esgoto doméstico e industrial, com enormes buracos, que inviabilizava o trânsito nas ruas. Era usual, nesse período as fossas cépticas nas nossas casas. Não vou dizer que era um ambientalista, mas, com certeza, sabia que a coleta de esgoto – além de ser o primeiro passo para o tratamento dele – objetivava a saúde pública.
Ibitinga – com isso – tornou-se uma cidade absolutamente privilegiada, mesmo não tratando – ainda – seu esgoto.
Apenas 45% do esgoto gerado no Brasil passa por tratamento. Isso quer dizer que os outros 55% são despejados diretamente na natureza (Ibitinga ainda faz isso), o que corresponde a 5,2 bilhões de metros cúbicos por ano ou quase 6 mil piscinas olímpicas de esgoto por dia.
O estudo é feito com base nos dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), que se referem ao ano de 2016. Eles foram divulgados apenas em 2018.
Não se investe nessa Política Pública de saneamento básico: água, esgoto, resíduos sólidos (a denominação “resíduo sólido” é usada para nominar o “lixo” sólido e semissólido, proveniente das residências, das indústrias, dos hospitais, do comércio, de serviços de limpeza urbana ou da agricultura).
Os resíduos sólidos podem ser classificados em lixo comum ou domiciliar, público e especiais. O resíduo comum é formado por lixos provenientes das residências, dos prédios públicos, do comércio e das escolas. Seu principal componente é a matéria orgânica. Faz parte também desse lixo uma grande variedade de materiais recicláveis, entre eles, o papel, o papelão, os plásticos, as latinhas etc.
E não se investe nessa questão, porque recurso financeiro não tem. Nosso município, por exemplo, ainda não colocou em funcionamento o Tratamento de Esgoto (parece que entrará em funcionamento até o final do ano). O Município de Ibitinga é pobre, ainda que a população tenha uma boa renda familiar. O índice de desemprego, que deve sair essa semana, não deve ser tão alto (imagino eu), por conta da indústria têxtil. Mas desempregos existem. Bolsa Família, muitos.
Para ser estadista, além da inteligência, do tirocínio do Administrador Público, de uma boa assessoria técnica (não política), ele precisa de recursos financeiros, de uma boa legislação tributária, justa em termos fiscais, com fiscalização efetiva. Não há almoço de graça. Quem constrói a cidade que merece são os residentes no local. Quem suja a cidade, jogando lixo, papéis de propaganda à vontade, bituca de cigarros, latinhas, garrafas pet, enfim, acham que as ruas, praças, são o lixo da sua casa.
Temos um lixão que é uma vergonha. Um cemitério que é uma outra vergonha. Tudo isso porque não tivemos, depois de Olderige, nenhuma, nenhuma obra pública de grande vulto, que merecesse o tratamento de Política Pública de longo prazo. Caso tenham, me passem, por favor. Não me venham dizer do gabião. Vamos para as áreas de saúde pública, educação, trânsito, captação pluvial...
Na nossa Lei Orgânica Municipal – que é a Constituição do Município – digamos assim, de 05 de abril de 1990, com muitas alterações, escreveu no art. 170 – “Fica vedado o lançamento de efluentes e esgotos urbanos e industriais, sem o devido tratamento, em qualquer corpo de água.” E lá em 1990, há mais de 29 anos, no art. 17, Das Disposições Transitórias que: - “O Município terá prazo de 48 (quarenta e oito) meses, a contar da promulgação desta Lei Orgânica, para implantação do seu sistema de tratamento de efluentes e esgotos urbanos e industriais, para cumprir o disposto no artigo 170.” Portanto, em 05 e abril de 1994 estaria implementado o tratamento de efluentes e esgotos urbanos e industriais.
Há diferença sim entre Estadista e Demagogos. E somos uma Estância Turística, com os mais ricos mananciais da fauna, flora e rios em abundância. Ainda há tempo para uma arrumação.