Ibitinga, Quarta, 27 de Novembro de 2024
INTEGRAR para não ENTREGAR

  O cenário econômico e político mundial é instável. China e Estados Unidos travam uma baita briga comercial. Pontualmente essa briga tarifária pode beneficiar o Brasil, entretanto o dólar, bolsa estão sem rumo. A econômica, que já é cambaleante, e por conta desses fatos e notícias, preocupa ainda mais. 

O Brasil é grande produtor e exportador de commodities, como minério de ferro, alumínio, petróleo, ouro, níquel, prata etc. café, suco de laranja, soja, carnes, por exemplo. São produtos básicos, que não têm tecnologia envolvida ou acabamento.

   Manufaturados, o Brasil exporta especialmente carros e o maior parceiro é a Argentina e o terceiro maior parceiro comercial do país em exportações, atrás só da China e EUA.   No primeiro quadrimestre, o Brasil exportou US$ 6,060 bilhões, dos quais US$ 1,868 bilhão, ou 31%, foram carros.

   No Congresso caminha a Reforma da Previdência (no Senado), que não é um bem, nem um mal, em si mesma. Seria ótimo que não precisássemos dela. Infelizmente o gasto público, com a máquina pública, aglutinando o grande déficit proclamado de aposentados e, que os jovens serão minoria, em breve, a conta não vai fechar. Os que entram no mercado de trabalho agora (e está difícil entrar), terão muito tempo para contribuição e, ao final desse tempão que falta, não teria a Previdência, recursos financeiros para honrar as aposentadorias. Veremos – num futuro breve, se foi coisa boa ou ruim. Agora, parece inevitável. 

Tramitam outros projetos que têm por finalidade uma Reforma Tributária, sendo a mais comentada a que está na Câmara dos Deputados, de autoria do Deputado Federal Baleia Rossi (MDB), que teve muitos votos por aqui.

   Mas há outra do Senado Federal e o Governo Federal, diz que enviará outra. Batem cabeça. Acham que nós, povão, somos uns idiotas. Deve ter um meio termo, onde poderiam sentar-se Senadores, Deputados e os técnicos dos Ministérios do Governo e sair uma Reforma Tributário com várias mãos. Protagonismo quando estamos na UTI, não é um bom sinal. Precisamos respirar, ar puro, não aquela fumaça da Amazônia.

   Por falar na Amazônia, lembro-me da frase: “Precisa integrar para não entregar” e começaram a construir a Transamazônica. 

   Borracha, madeira, soja, minério, pecuária - ou simplesmente o sonho de ter um pedaço de terra. Foram muitos os motivos que, historicamente, levaram brasileiros de todas as regiões à Amazônia.

   Há sinais desse movimento desde a época do descobrimento, mas foi no governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que a colonização da floresta passou a ser vista como estratégica para os interesses nacionais. Era a época da “Marcha para o Oeste”.

   Foram anos de incentivos governamentais à exploração da floresta. Estradas foram abertas para facilitar o desenvolvimento da região. Durante a ditadura militar, a política para a Amazônia ficou conhecida pelo lema acima mencionado: "Integrar para não Entregar".

Junto com a ocupação e o desenvolvimento da região veio também a destruição do bioma. Estima-se que, na década de 1970, as derrubadas tenham atingido 14 milhões de hectares, número que deve chegar a 70 milhões de hectares atualmente.

  Desde o governo de Getúlio Vargas, por questões políticas e estratégicas – proteção das fronteiras – (e não proteção da floresta), foi criado, pelo Decreto-lei nº 5812 de 13/9/1943, os Territórios Federais do Amapá, de Rio Branco, do Guaporé, de Ponta Porã e do Iguassú.

  O Presidente General João Batista de Oliveira Figueiredo, pela Lei Complementar nº 41, de 22/12/1981, cria o Estado de Rondônia, mantendo seus limites e confrontações. 

  O antigo território de Roraima tornou-se Estado, em razão do disposto no artigo 14 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Brasileira. Com a mesma Constituição de 1988, cria-se o Estado de Tocantins, desmembrando-o do Estado de Goiás.

Nota-se que pelas mais variadas razões, desde o integrar para não entregar, vão surgindo novos estados na federação e, com isso, a floresta, antes densa, vai sendo rasgada, desvirginada por trilhas, estradas, cidades, usinas. Fogo, nunca faltou.

  Segundo constatei em pesquisas, em alguns sites especializados, o Brasil é o país com o maior percentual de floresta, ocupam 56% do seu território, sendo que grande parte corresponde à Amazónia, a maior floresta do mundo.

Mas toda a Amazônia (não o Estado do Amazonas), tem outras riquezas: bioma, minérios, fauna, flora, animais (das mais variadas espécies).

  Debaixo da terra existem lagos gigantes, de água potável, chamados aquíferos. Até agora, o maior do planeta era o Guarani, que se espalha pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Mas, um grupo de pesquisadores, revelou recentemente que o aquífero Alter do Chão, que se estende pelo Amazonas, Pará e Amapá, é quase duas vezes maior.

  "Isso representa um volume de água de 86 mil quilômetros cúbicos. Se comparado com o Guarani, por exemplo, ele tem em torno de 45 mil quilômetros cúbicos.”

  Vamos cuidar da Floresta, sem deixar a Soberania Brasileira. Mas vamos integrar para não entregar.

 

 

 

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