Pepino III, também conhecido como Pepino, o Breve ou Pepino. O Moço foi proclamado Rei dos Francos (oficialmente é o ano em que iniciou-se a soberania dos reis Francos sobre a Europa, que veio a ser denominada dinastia carolíngia), em ofício da Igreja Católica pelo papa Zacarias, reinado que se estendeu até sua morte em 768 (na história está vem a ser a primeira investidura como soberano por determinação de um pontífice).
Sua proclamação pretensamente recriou assim o antigo Império Romano do Ocidente. Seu filho mais velho Carlos Magno, após sua morte, assumiu o trono e expande seu domínio e influência, consolidando a dinastia Carolíngia que, pelos séculos seguintes, foi a soberana na Europa. Foi o primeiro monarca da dinastia carolíngia.
Mas o título “O Breve”, não foi em razão de pouco tempo de reinado e, sim, pela sua estatura, que naquela época, “breve” significava "Curto".
O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani, oriundo de família humilde, governou a Santa Sé durante apenas 33 dias, entre 26/8/1978 até a data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pelo apelido de "Papa do Sorriso" (por sua afabilidade) ou para outros “O Breve”, não pela sua estatura física, mas, pelo pouco tempo de papado. Foi proclamado venerável na sessão ordinária da Congregação para a Causa dos Santos no dia 7/11/2017 sendo a última etapa antes da beatificação.
Foi o primeiro Papa desde Clemente V a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimônia de "início do pontificado", com a respectiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitam ser carregados em uma liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adotar um nome papal duplo, uma homenagem aos seus dois antecessores, Paulo VI e João XXIII.
Por razões bem diversas, Pepino e João Paulo I, acabaram por receber o apelido de “O Breve”.
O atual mandatário do Brasil, eleito em sufrágio legítimo, segundo as normas eleitorais vigentes, a continuar com a língua solta, fugindo da ritualística do alto e relevante cargo que ocupa, poderá, diante da legislação atual, ser mais um “O Breve”. Longe de ser ave de mal agouro. Não podemos suportar mais uma vacância no executivo.
Muitos votaram em Jair Messias Bolsonaro, por convicção de que faria um excelente governo; outros, porque não desejavam a permanência do Partido dos Trabalhadores no governo (alternância); outros por falta de opção, vez que eventuais candidatos com chances eleitorais, ficaram pelo caminho. Anunciado o nome de Paulo Guedes – o “Posto Ipiranga” – os empresários gostaram do nome, pela competência e as propostas de retomada de crescimento do Brasil, a volta do emprego, tão necessário. Outros porque desejavam que a esquerda ou centro-esquerda não ficasse no poder e sim a direita ou a extrema direita.
Dizia um político local, com quem compartilhei amizade, por longos anos: “Vox Populi, vox Dei” (Voz do povo, voz de Deus).
Bolsonaro tem Messias no nome, mas, está a anos-luz, de qualquer santidade. A voz do povo é alterada facilmente, se continuar uma economia fraca, embora alguns números, possam mostrar tímida melhora. Mas o humor acaba, mesmo dos seus seguidores mais ferrenhos. Não fará bem a Nação, mais um Presidente breve.
Políticos de “plantão”, objetivando uma vitória eleitoral, já que Bolsonaro, após a fatídica facada em Juiz de Fora e longe dos palanques, passou à frente em todas as pesquisas eleitorais, começaram a associar seu nome ao do atual presidente. Um exemplo disso foi do atual governador de São Paulo, João Doria – que ao que tudo indica – já anda de bico com o presidente – fazendo contrapontos, para postular a candidatura a Presidente, abandonando, mais uma vez, seu compromisso de mandatário. Antes na Prefeitura de São Paulo e, agora, ao que parece, no Estado. Também assim agiu o candidato a governador do Rio de Janeiro, o paulista Wilson José Witzel, de Jundiaí. Ex-juiz federal e ex-fuzileiro naval.
Neste sábado (7) feriado da nossa data maior, a “Independência do Brasil”, que se comemora 197 anos de um Estado autônomo e independente. Para que possamos ter e manter esse status de um País completamente independente, precisamos que o Presidente tenha consciência plena, de que é o Presidente de todos, não de uma parcela que nele votou e, mais, respeite opiniões divergentes, sejam elas, quais forem. Constitui-se o Brasil, em Estado Democrático de Direito, tendo como seus fundamentos: a Soberania; a Cidadania; a Dignidade da Pessoa Humana; os Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa; o Pluralismo Político.
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos de todas as nossas Constituições Democráticas.
Os objetivos fundamentais da República, também estão enumerados na Constituição de 1988: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
A República rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. O Brasil deve buscar a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Para que não seja “O Breve”, o Presidente, não só nesse 7 de setembro, precisa manter a Ritualística do mais Alto Cargo do Brasil.