Fiz várias referências, neste espaço, sobre a questão do Tratamento de Esgoto, na verdade, ‘Tratamento de Efluentes’.

    Efluentes, para não deixar passar, são os resíduos provenientes das indústrias, dos esgotos e das redes pluviais, que são lançados no meio ambiente, na forma de líquidos ou de gases. A palavra efluente significa aquele que flui. É qualquer líquido ou gás gerado nas diversas atividades humanas e que são descartados na natureza.

   Já escrevi, também, que vi, na rua onde morava, a colocação de manilhas, para a captação do esgoto doméstico, lá na década de 60, do Século XX, um trabalho na administração do Prefeito Dr. Olderige Dall´Acqua, que era médico sanitarista. Foi um vanguardista da saúde pública e do meio ambiente.

   Mas nosso esgoto, embora coletado, era lançado, in natura, nos córregos São Joaquim e Saltinho e, de lá para o rio Jacaré Guaçu. 

Construíram gabiões, como se isso fosse melhorar o saneamento básico. Acho – que não é assim.

   No dia 11/9/19 tive o grande prazer de conhecer a grande obra de Ibitinga – A Estação de Tratamento de Esgoto, construída com recursos do Governo do Estado, na ordem de R$ 30.000.000,00. Obra de vulto.

   Hoje, 18/9/2019, a obra foi inaugurada pelo Governador em Exercício Cauê Macris e pela Prefeita Cristina Arantes, num show de democracia, um ato que se vê, claramente, a diferença entre uma obra de Estado, um ato Administrativo do Governador, de alto nível, por parte da mandatária local e do Governador. 

Essa obra – as verdades precisam ser ditas – especialmente na imprensa – que deve ser séria – não é obra de um governo e nem de uma administração só. Isso tem importância porque, no mais das vezes, uma obra começada por um Governo, é interrompida por outro e, a população é sempre a prejudicada, como no caso do Teatro Municipal, chamado de “Elefante Branco” – nas proximidades da Rodoviária Municipal. É uma pena e, essa questão, ao que consta, está judicializada. Veremos o final, um dia.

   Mas retomo a Estação de Tratamento de Esgoto.

   Começou na Administração do Dr. Florisvaldo Fiorentino. Teve depois a Administração do Marco Fonseca (atual vereador) e, retomada na outra Administração do Dr. Florisvaldo. Ficou inacabada. Estive em visita – ao local – nas três Administrações que mencionei, em períodos diferentes. Aquilo parecia que jamais sairia. Os Governos não gostam do que fica escondido.

Como disse, fui à Estação, acompanhado do Diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Ibitinga, a meu pedido. Queria ver de perto, o milagre da transformação: esgoto em água limpa.

   Disse à atual mandatária municipal, que ao meu sentir, a Administração dela era algo de legado para as futuras gerações, diante da conclusão da belíssima obra de engenharia, que ela teve a felicidades, de concluir, no seu terceiro ano de mandato.

    Gostaria que a população conhecesse a obra e o significado que ela trará a médio prazo a nossa fauna e flora.

   Dizem os técnicos que já está sendo lançado no Rio, água com 92% de pureza e que isso irá melhorar, porque as bactérias que são a maior ferramenta para a eliminação das impurezas, ainda não estão atuando totalmente.

Estive, também, na Estação Elevatória, onde o esgoto chega (próximo ao Ipê III).     A Estação está numa distância de 1,5 Km da Estação Elevatória e, o Rio, outro tanto, da ETE.

  As Escolas deveriam levar as crianças para verem a belíssima obra, para que os alunos pudessem entender como funciona o Sistema e os benefícios ambientais (fauna e flora) e para a saúde da população.

   Iremos ver, afirmam os técnicos, no prazo de até dois anos, os peixes retornarem nos pequenos cursos d´água (menos no São Joaquim e Saltinho – não existe terra – nem margem onde poderíamos fazer replantio). No Pacaembu, iremos ter o retorno de peixes de boa qualidade.

   Confesso a todos minha alegria em ver essa obra realizada em nossa cidade, depois de tantos anos – desde 1993 era para estar pronta, como consta da nossa Lei Orgânica (na administração do Prefeito Dr. Yashieo Santo). Terminada em 2019. 26 anos depois. O Meio Ambiente e a Saúde não poderiam aguentar mais.

A obra agora está sob a Administração do SAAE. 

   Parabéns a Administração Pública, a atual mandatária, Cristina Arantes, como aos que a antecederam e não tiveram – por razões que talvez nem culpa pessoal houve – a felicidades de entregar para nós, povo desta cidade, uma grande obra, que será de vital importância para o futuro.

    Quero confessar – e isso precisa ficar bem claro e publicizado – que nunca vi – e já estou idoso – uma inauguração tão democrática como a de hoje. A atual Prefeita, de maneira extremamente correta e justa, concedeu o mérito a cada um dos Prefeitos que de alguma forma, no seu tempo, se envolveram para a conquista da ETE. Mas, pela primeira vez vi Dr. Yashieo Sato, Florisvaldo Fiorentino, Marco Fonseca e Cristina Arantes, ou seja, os nossos ex-prefeitos e prefeita no cargo, darem a mão e comemorem, a convite da atual, uma obra que não de Governo de nenhum deles. É uma obra de ESTADO, da população. Isso se chama política séria, democracia. Não se chama política de governo, não se chama política de um nome de um dono, não se chama politicagem. 

Parabéns Ibitinga. Acho que estamos vivendo tempos de novos ares, não só por conta do tratamento do esgoto. 

    Da Estação de Tratamento de Esgoto, mais especificamente de sua inauguração, pudemos ver lição de vida política séria. Parabéns. No período eleitoral, o bicho pode pegar, mas, concluída as eleições, vale a decisão popular. Pelo povo e para o povo, dono do verdadeiro Poder Estatal.