A amizade não deve e nem pode se confundir com negócios, seja na vida privada ou pública. Por isso, a frase acima, antiga, afirma – certeiramente – que as amizades devem ser mantidas, longe dos negócios, seja entre terceiros ou aparentados.
É o mesmo que uma sociedade, entre amigos. Cuidado, pode não ser exatamente o que você imagina.
Na vida privada, onde – você faz o que deseja e assume os riscos do negócio, essa conversa de misturar amizade com negócio, já não vale a pena, imagina se você levar isso, para o que não é seu, o que é público (público vem do velho e bom latim “publicare”. “Publico” é a 1ª pessoa do presente do Indicativo do verbo “publicar”, que deriva, como disse, do latim PUBLICARE, “tornar público”, de PUBLICUS, “relativo ao povo”, de POPULUS, “povo”. Esta originou também “população” e “popular”, bem como “povoar” e “povoamento”.
Meu sogro dizia: “cuidado com seus amigos. Dos inimigos já sabe o que pode esperar”. Sabença de vida.
O camarada, bacana, que tem um motorista particular e conversa, largamente ao telefone celular, de negócios, dos bares e “otras cositas más”, fique esperto. Ele é um inimigo potencial. O mesmo com sua amiga predileta, a quem gosta de contar seus segredos mais secretos, mais escondidos. Cuide-se. Será uma inimiga à altura.
Portanto, amizade é coisa séria, que não se traduz em conhecer uma pessoa no boteco da esquina e levá-lo para sua casa e apresentá-lo, como amigo. Nem conhecido é.
Amizades de mais de 50 anos, não pensa que está livre dos problemas. Mesmo assim, às vezes, você é surpreendido.
Bem falo dessa questão de amizade e dos cuidados que aconselho que tenha, porque estamos vivendo, cada dia mais, informações rápidas, pelas mídias sociais e, vira e mexe, um amigo está envolvido e, naturalmente, você é questionado, tanto sobre o amigo, como sobre a amizade.
“Aquele seu amigo, heim? Quem diria! Tinha uma cara de bonzinho!” e pronto, parece que você tem alguma nesga naquele latifúndio que estão falando. Você nem sabe do que se trata.
Quando a amizade é grande, o compartilhamento de informações, aumenta, dia a dia. - Ah! Vou ligar para a minha amiga e contar essa. - Ah! Preciso falar isso para o meu amigo, ele vai adorar.
Queiroz, Queiroz... sossegue. Marcos Valério, se cuide...Frota, que coisa mais sexual. Caneta Azul – Azul Caneta - Caneta azul tá marcada com minha letra (Manoel Gomes).
Não vou falar – por conta da amizade que tenho por você – da questão pendente de julgamento no STF (4x3), porque senão podemos perder a amizade.
Mas, até prova em contrário – com ou sem trânsito em julgado – essa questão dos filhos do Presidente Bolsonaro e do próprio Presidente, com o tal Queiroz, precisa ser melhor explicada, sem subterfúgio, para que possamos ter a certeza da honestidade da amizade, dessa coisa antiga que estou falando, coisa de mais de 35 anos. Na política, não há ninguém – é eu acho que é isso mesmo – ninguém – que pode se bancar de santo (fica o “s” minúsculo – para não me dar mal com qualquer entidade). Cada político acaba tendo o amigo que merece ter e procura cultivar nos anos de atividade política. Por quê?
Agora um porteiro de um condomínio, que é o “Condomínio Vivendas da Barra”, não o Condomínio do Bolsonaro, por ser amigo de alguém, por duas vezes e, não três como fez Pedro, ao negar Cristo, diz que ligou para a casa do ex-deputado federal Jair Bolsonaro. Promotoras negam. Para alguns órgãos e imprensa, especialmente a Globo, é o “Condomínio do Bolsonaro”. Mui amigo.
Longe – muito longe de comparações – para que não pensem que estou ofendendo religiões, Cristo, o Filho de Deus, foi traído por um apóstolo e amigo, Judas Iscariotes, que por trinta moedas de prata, o entregou aos romanos, traindo-o. Entrou em desespero, enforcou-se e condenou-se ao inferno segundo a tradição católica. Judas, cuja palavra significa "abençoado" ou "louvado". O nome de apóstolo Judas é o que mais vezes aparece nos Evangelhos (vinte vezes) depois do de Simão Pedro. Vejam a importância dele, na amizade com O Cristo e vejam a traição.
Amigo é aquele que realmente se guarda do lado esquerdo do peito, sem contrapartida. Aquela pessoa que, mesmo sem um contato diário, ou às vezes anos sem prosear, ao se reencontrar, parece que bateram um bom papo no dia anterior.
Ter um amigo, coisa rara, é prezar algo extremamente sublime. Amigo para festas, jantares, bares, contam-se aos montes. Na hora difícil, aquela em que se precisa do ombro amigo, fica-se a dever. Raramente uma irá aparecer.
Amigo é aquele que é sincero. Daí, conto – uma história – de como apareceu a palavra sincera: “A palavra ‘sincera’ vem da junção de duas palavras do latim: sine cera. A versão mais comum para a origem dessa palavra é que, em Roma, os escultores desonestos, quando esculpiam uma estátua de mármore com pequenos defeitos – trincas ou pequenas imperfeições no material ou na confecção – usavam uma cera especial para ocultar e esconder essas imperfeições nas estátuas e de um modo que o comprador não percebesse.
Com o tempo, as pessoas que compravam essas estátuas descobriam as imperfeições, ou seja, descobriam que era uma escultura “cum cera”. Os escultores honestos faziam questão de dizer que suas estátuas eram “sine cera”, ou seja, perfeitas, sem defeitos escondidos.
Importante ter um amigo sem cera, verdadeiro sem qualquer outro vínculo que não seja a amizade verdadeira. Amigo de fé, meu irmão câmara, segundo Roberto Carlos.
Meus amigos, vamos defender o Ensino Superior em Ibitinga. Segundo consta, gasta-se mais com o transporte escolar, para o ensino técnico e universitário para fora da terra, do que com o nosso Ensino Superior. Vamos ser amigos nessa.
Que os mortos estejam no merecido lugar. Lembremo-nos deles, com alegria.
Dia 07/11/2019, esse periódico completará 10 anos de existência. Vida longa.